No dia três de Junho de 1999, a Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros e o Instituto de Emprego e Formação Profissional assinaram um protocolo que visava formalizar a cedência, por parte do município, do edifício do antigo do cinema para instalar o Centro de Emprego da cidade. No entanto, em 1998 e em 1999 já estava inscrita, em PIDDAC, uma verba de 100 mil contos para a referida estrutura. Mas só nesta semana é que as obras começaram.
O protocolo que, na altura, foi assinado pelo presidente da Câmara, Luís Vaz, e pelo vogal do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), Nogueira de Lemos, e homologado na presença do Secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional, Paulo Pedroso (hoje ministro da pasta da Segurança Social) comprometia aquele departamento do governo a pagar ao município, pelo imóvel, a quantia de 21.500 contos. No caso de desistência por parte do IEFP, o edifício reverteria para o município, com todas as benfeitorias realizadas, não tendo o IEPF, nesse caso, direito a qualquer indemnização.
O Plano de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC), relativo a 1998 já contemplava uma verba de 100 mil contos para a construção do novo Centro de Emprego de Macedo de Cavaleiros, porque havia a garantia de que o projecto estaria pronto, de forma a que a obra pudesse arrancar ainda naquele ano. Entretanto, a verba transitou para o ano de 1999, o que impaciêntou a autarquia e a levou a formalizar a assinatura do referido protocolo com o IEPF. Só que, como não há duas sem três, a mesma verba voltou a ter de transitar para o ano de 2000, e deste para o de 2001. Mas, agora, as obras foram iniciadas.
O objectivo daquele acto era o de "obrigar" a secretaria de Estado do Emprego e Formação Profissional a construir a obra, iniciando-a, se possível, em 1999. Tal não foi possível, porém, devido á alteração ao projecto, sugerida pela Divisão de Urbanismo do município, segundo a qual se pretendia compatibilizar a escadaria de acesso e muros, de forma a enquadrar todo o seu conjunto com o projecto de reformulação, então em curso, da rua Luís Olaio, ao fundo da qual fica situado o edifício. Uma vez que a alteração, entretanto introduzida, obedecia aos condicionalismos estabelecidos pelo regulamento do Plano de Urbanização que classifica o imóvel a intervencionar como valor cultural, tudo indicava que o projecto pudesse logo avançar com a maior celeridade possível. Só que o concurso e a respectiva adjudicação da obra levaram o resto do tempo.
O projecto, que estabelece a manutenção da traça original do edifício, cuja construção foi iniciada nesta semana, diz respeito às obras de recuperação do antigo cinema de Macedo, para lá ser instalado o Centro de Emprego, actualmente a funcionar num edifício pré-fabricado, que já foi hospital durante o tempo que o actual demorou a ser construído.