A construção da barragem da Foz do Tua, nos concelhos de Carrazeda de Ansiães e Alijó, está a preocupar o presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano, que teme a possível submersão de parte do troço da Linha do Tua.

Segundo afirma, a empresa que está a elaborar o estudo para a construção da albufeira já apontou duas possibilidades para a localização da barragem e uma delas implica a inundação do troço da via-férrea entre Tua e Cachão.

O autarca garante que não se está a insurgir contra a construção daquele equipamento, mas sim a contestar uma possível liquidação da Linha do Tua, o único troço ferroviário em funcionamento em todo o distrito de Bragança.

\"Se a Linha do Tua ficar submersa, acaba definitivamente o sonho de Trás-os-Montes voltar a ter uma ligação ferroviária\", considerou José Silvano, acrescentando que só será favorável à construção caso a barragem no Tua fique a uma cota inferior, não interferindo com o metro de superfície que faz a ligação entre Mirandela e Tua.

No entanto, o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, já fez saber que é da vontade do Governo eliminar, até 2010, três linhas ferroviárias em Trás-os-Montes (Tua, Cachão e Tâmega).

Por seu lado, o presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães, Eugénio Castro, sublinhou a importância da barragem para o desenvolvimento da região transmontana e desdramatiza a possível submersão da via-férrea.

\"A conciliação das potencialidades turísticas que podem advir da construção da albufeira com os visitantes que chegam através do metro de superfície\" é um dos argumentos usados pelo autarca de Carrazeda para justificar a construção daquele empreendimento.

Recorde-se que o início da obra, que representa um investimento de 237 milhões de euros, está previsto para 2009, para entrar em exploração passados cinco anos.



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