Criada há perto de século por um casal de imigrantes portugueses a Santos Linguiça Factory, de San Leandro, que em tempos chegou a ser o maior fabricante de enchidos portugueses da Califórnia, já encerrou há dois anos e o dono e bisneto fundadores, Stuart Alexander está na prisão, em Oakland, a aguardar julgamento pela morte de três inspectores de carnes e poderá ser condenado à morte.
Alexander, 41 anos, que foi candidato a mayor de Hayward e passa por ter herdado razoável fortuna, é acusado de ter assassinado friamente os três funcionários; é representado pelos advogados Michael Ogul e Jason Clay e a sua derradeira esperança de escapar à pena máxima é o júri levar em conta a insanidade mental.
O suspeito, anteriormene um indivíduo magro, engordou mais de 100 libras na prisão.
Os que o conhecem, nomeadamente empregados e inquilinos dos vários prédios que possui, descrevem-no como ambicioso, mas nada fazia precer o que aconteceu em 21 de Junho de 2000 na Santos Linguiça Factory, Washington Avenue, San Leandro.
Alexander já tivera anteriormente problemas com os inspectores, mas nada que ameaçasse o seu imnpério de enchidos e justificasse o tresloucado morticínio.
Ironias do destino, foi o próprio Alexander quem providenciou, indirectamente, a maior evidência contra si próprio: o vídeo do sistema de segurança que instalou na fábrica e que está em posse da acusação.
Os advogados de defesa estão precisamente a tentar impedir que o vídeo seja apresentado ao júri, cuja selecção já começou.
As imagens começam por mostrar Alexander no escritório, a carregar uma pistola, enquanto o inspector estadual Bill Shaline, dois inspectores do U.S. Department fo Agriculture, Jean Hillary, de Alameda e Tom Quadros, de Hayward, esperam por ele no compartimento onde os enchidos eram vendidos ao público.
O vídeo mostra o suspeito entrando no compartimento onde os dois homens e a mulher se encontram e abrir fogo. As vítimas parecem estupefactas.
Alexander, que tem outra pistola à cinta, aproxima-se e faz mais disparos sobre os corpos caídos. Em seguida desaparece e os investigadores presumem que terá ido à procura do quarto inspector que esperava os colegas no carro.
Esse inspector conseguiu escapar aos disparos e alertou a polícia.
Nos minutos em que Alexander, presumivelmente, permance no exterior, o vídeo mostra Hillary movimentando a cabeça e um braço.
O agressor reaparece no vídeo, recarrega a arma e dispara mais tiros nos três corpos caídos.
Parece ter a especial preocupação de alvejar as cabeças.
O vídeo mostra ainda Alexander a entrar no escritório, guardar as armas e sair. Veio para a rua esperar a polícia, que chegou pouco depois.



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