Desportivo de Chaves e Arouca empataram hoje 1-1, em jogo da 16.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no terreno dos transmontanos.

O defesa central internacional canadiano Steven Vitória, aos 17 minutos, deu vantagem ao Desportivo de Chaves, na conversão de uma grande penalidade, da mesma forma que João Basso ofereceu a igualdade ao Arouca, aos 79, também na conversão de um castigo máximo.

Com esta igualdade, o Arouca, que somou o segundo jogo seguido sem perder, segue no sétimo lugar, com 23 pontos, mais dois do que o Desportivo de Chaves, que não vence há três jornadas e ocupa o nono posto, em igualdade com o Vizela.


I Liga/ Desportivo de Chaves – Arouca (ficha)

Desportivo de Chaves e Arouca empataram hoje 1-1, em jogo da 16.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Chaves.

Jogo no Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira, em Chaves.

Desportivo de Chaves – Arouca, 1-1

Ao intervalo: 1-0

Marcadores:

1-0, Steven Vitória, 17 minutos (grande penalidade).

1-1, Basso, 79 (grande penalidade).

Equipas:

- Desportivo de Chaves: Paulo Vítor, Habib, Steven Vitória, Nélson Monte, Bruno Langa, João Teixeira (Morim, 90), Obiora, Guima, Luther (Benny, 83), Abass Issah (Euller, 83), Juninho.

(Suplentes: Gonçalo Pinto, Sandro Cruz, Euller, Ponck, Queirós, Guilherme Silva, Morim, Benny).

Treinador: Vítor Campelos.

- Arouca: Arruabarrena, Quaresma, Opoku, Basso, Tiago Esgaio, David Simão, Soro (Arsénio, 57), Antony, Alan Ruiz, Morlaye Sylla (Galovic, 90+4), Oday Dabbagh (Michel, 68).

(Suplentes: João Valido, Arsénio, Bruno Marques, Uri, Yaw Moses, Michel, Pedro Moreira, Weverson, Galovic).

Treinador: Armando Evangelista.

Árbitro: Nuno Almeida (AF Algarve).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para David Simão (72). Cartão vermelho direto para Opoku (90+3).

Assistência: 1.768 espetadores.



COMENTÁRIO:

Chaves e Arouca dividem ‘mal pelas aldeias’ com grandes penalidades

O Desportivo de Chaves e o Arouca empataram hoje 1-1, com golos de Steven Vitória e Basso, em encontro da 16.ª jornada da I Liga de futebol, em que os visitantes ficaram em inferioridade numérica perto do fim.

Ainda que ‘desfalcado’, com oito jogadores lesionados, o Desportivo de Chaves entrou melhor na partida, a pressionar a defesa arouquense, com transições rápidas e a chegar mais à área adversária, ainda que o golo tenha surgido de grande penalidade, cobrado por Steven Vitória (17).

Do lado do Arouca, os primeiros minutos ficaram marcados por uma notória gestão de esforço e dificuldade em encontrar espaço por entre a ‘barreira’ defensiva transmontana. O golo do empate surgiu, apenas, na etapa complementar (79) e, tal como o dos visitados, também de penálti.

Antes, aos 16, na sequência de entrada dura de Opoku sobre Guima já na área, o árbitro assinalou grande penalidade a favor do ‘conjunto’ flaviense após verificar as imagens do videoárbitro (VAR), irrepreensivelmente cobrada por Steven Vitória que inaugurou o marcador em Chaves, aos 17.

Dois minutos depois, a ‘turma’ às ordens de Vítor Campelos ficou perto de aumentar a vantagem por intermédio de Guima, mas a bola acaba por sair rente à baliza dos arouquenses.

Do lado dos visitantes, o golo sofrido ‘acordou’ a equipa e foi-se materializando em tentativas de golo. A primeira surgiu aos 25 minutos, com Antony Alves a rematar de fora da área, mas Paulo Vítor estava atento e negou o golo ao extremo brasileiro com uma excelente exibição.

Aos 31, Mateus Quaresma ‘encheu’ o pé, mas Steven Vitória desviou a trajetória do remate, que acabou por sair ao lado das redes dos transmontanos. Logo depois, Antony Alves voltou a tentar a sorte mas a bola passou rente à barra da baliza.

Pouco depois, nova oportunidade para a equipa da Serra da Freita, com Alan Ruiz a sair à figura de Paulo Vítor e a reafirmar a pretensão dos visitantes em reduzir a desvantagem ainda na primeira parte, enquanto o Desportivo de Chaves foi ganhando bola e organizando as jogadas e as ideias.

Já em tempo de compensação (45+1), o capitão dos transmontanos rematou forte de fora da área, à procura do segundo golo, mas a bola saiu à figura de Arruabarrena.

A etapa complementar arrancou com grande pressão dos visitados, que assumiram o controlo da partida e procuraram aumentar a vantagem logo nos primeiros minutos. Aos 47, na sequência de canto batido por João Teixeira, Steven Vitória quase ‘bisou’ na partida à ‘boca’ da baliza dos arouquenses, mas não conseguiu aplicar força.

Logo depois, o capitão flaviense voltou a estar em destaque e, juntamente com Juninho, obrigou o guardião dos visitantes a redobrar a atenção com remates à entrada da pequena área.

Aos 62 minutos, Paulo Vítor negou o golo a Mateus Quaresma, numa altura em que o Arouca começou a demonstrar superioridade em campo. Pouco depois, Morlaye Sylla voltou a tentar o empate mas, mais uma vez, o guardião das redes transmontanas segurou a vantagem.

Seguiram-se várias oportunidades de golo para os visitantes, por intermédio de Michel, Tiago Esgaio e Alan Ruiz, que foram sendo travadas quer pela defensiva transmontana, quer por Paulo Vítor.

Porém, o golo do empate acabou por surgir de grande penalidade, ditada pelas imagens do VAR, por falta de Steven Vitória sobre Benji Michel. O capitão dos visitantes, João Basso, foi chamado a cobrar e não falhou o objetivo, empatando a partida aos 79 minutos.

Pouco depois, novo ‘aviso’ do Arouca, por intermédio de Antony Alves, mas o remate sai ao lado da baliza dos transmontanos que passam a contar com Euller e Benny na frente de ataque.

Já em tempo de compensação, o Arouca fica reduzido a 10 jogadores após vermelho direto para Opoku após entrada dura sobre Benny, lance que encerrou as ‘contas’ da partida.

Com este empate, o quinto do campeonato, o Desportivo de Chaves soma três jogos consecutivos sem vencer, e ocupa o nono lugar da tabela classificativa, com 21 pontos. O Arouca, por sua vez, segurou o sétimo posto da I Liga, com 23 pontos.


Desportivo de Chaves – Arouca (declarações)

Declarações após o jogo Desportivo de Chaves - Arouca (1-1) da 16.ª jornada da I Liga de futebol, disputado, hoje, em Chaves:

- Vítor Campelos (Treinador do Desportivo de Chaves):

“Sempre que se soma, ganham-se pontos e hoje é mais um caso [desses]. Sabíamos que íamos defrontar uma equipa, [na] forma de jogar, algo parecida connosco, identificámos muitas coisas em comum, uma equipa que, antes do jogo, tinha mais dois pontos do que nós, que está confiante e sabíamos que ia ser um jogo bem disputado, decidido no pormenor.

Creio que entrámos razoavelmente bem, estivemos a ganhar [e] na segunda parte o Arouca [esteve] melhor. Infelizmente, hoje tivemos muitas baixas que nos condicionaram um pouco porque, se calhar, necessitávamos de outro tipo de jogadores no banco para fazer substituições em função das posições que ocupam.

Fomos retardando ao máximo [as substituições], mesmo relativamente aos alas, e quando achámos que era altura de mudar, mudámos. Dentro das limitações que temos, uma palavra para os que entraram, para os que jogaram porque eles dão sempre tudo e têm de estar orgulhosos da postura e determinação que têm. Queríamos ganhar, mas não foi possível. Foi mais um ponto.

No cômputo geral, uma palavra para os nossos jogadores que estiveram valentes, determinados e nós continuamos a nossa luta e temos de perceber que, à 16.ª jornada, temos 21 pontos e falta-nos, agora, um jogo para terminar a primeira volta.

Queremos continuar a trabalhar, como é óbvio, e garantir o nosso objetivo e aquilo que nos foi pedido que é consolidar o [Desportivo de] Chaves na I Liga. O caminho ainda é longo e os pontos, até ao fim da época, ainda vão ser mais difíceis [de conseguir], porque todas as equipas querem conseguir os seus objetivos, mas sabemos aquilo que temos de fazer e temos de estar confiantes por aquilo que temos feito. Como é óbvio, temos de estar alerta para o campeonato, mas estou em crer que vamos conseguir os nossos objetivos”.

- Armando Evangelista (Treinador do Arouca):

“O primeiro golo surge de uma falta em que, aparentemente, não havia perigo para a nossa baliza. A verdade é que foi penálti e vimo-nos em inferioridade numérica numa situação um tanto ou quanto caricata.

Tivemos a capacidade de pegar no jogo, de criar situações de finalização, chegámos diversas vezes à área adversária, tivemos a capacidade de empurrar o [Desportivo de] Chaves para o seu meio-campo defensivo.

O golo [do empate], quando surgiu, também de grande penalidade, é verdade, acabou por [colocar] justiça naquilo que foi o jogo. De salientar que esta capacidade que tivemos a quatro dias, ou nem tanto, do último jogo que fizemos, muito desgastante, como é óbvio, não só pelo que fizemos dentro do campo, mas pelos antecedentes, parece-me que acaba por se ajustar àquilo que eram as nossas pretensões.

[Estreia de Benji Michel] O Benji, o Weverton, e esperamos poder ainda receber mais alguém, eram lacunas que estão identificadas, até, por exemplo, [pela] lesão do Vitinho que, provavelmente, este ano não vai jogar mais, [além] da saída do Bukia. São jogadores que vêm dar outras opções, sabemos que ainda é muito prematuro eles ponderem render aquilo que pretendemos, porque [tiveram] pouco tempo de trabalho com o grupo.

Nesta sequência de jogos que temos tido, [tivemos] pouco tempo para trabalhar aspetos que [os] possam integrar mais rapidamente, mas vêm [dar-nos] outro tipo de soluções porque são jogadores diferentes, de que a equipa necessitava. O campeonato ainda não virou e sabemos que vai uma luta grande até ao fim, daí o Benji e outros que possam chegar.

Precisamos [deles] porque é um campeonato duro, o Arouca é uma equipa que, por norma, sofre sempre, e vai continuar a sofrer, mas o espírito está lá e hoje [domingo] foi demonstrado que, emocionalmente, a equipa está forte e há que integrar estes jogadores o mais rapidamente possível para que possam ajudar os que [já] cá estavam”.



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