Lusa
Desportivo de Chaves e Vizela empataram hoje 1-1, em jogo da terceira jornada da I Liga portuguesa de futebol, no qual as duas equipas terminaram reduzidas a 10 jogadores.
Em Chaves, os flavienses adiantaram-se no marcador logo aos oito minutos, por intermédio do espanhol Héctor Hernández, mas os visitantes empataram aos 40, através do maliano Kevin Zohi, num encontro em que João Teixeira (71) e Andrés Sarmiento (78) foram expulsos.
A formação transmontana, que vinha de um triunfo sobre o Marítimo (2-1), segue em oitavo lugar, com quatro pontos, os mesmos dos vizelenses, nonos, e que na ronda anterior tinham perdido na receção ao FC Porto (1-0).
I Liga/ Desportivo de Chaves - Vizela (ficha)
Desportivo de Chaves e Vizela empataram hoje 1-1, em jogo da terceira jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Chaves.
Jogo no Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira, em Chaves.
Desportivo de Chaves - Vizela, 1-1.
Ao intervalo: 1-1.
Marcadores:
1-0, Héctor Hernández, 08 minutos.
1-1, Zohi, 40 minutos.
Equipas:
- Desportivo de Chaves: Paulo Vítor, Bruno Langa, Steven Vitória, Nelson Monte, João Correia, João Mendes (Juninho, 67), Kevin Lenini (Guima, 45), João Teixeira, Benny (Morim, 67), Hector (Patrick, 87), Batxi (Jonny Arriba, 87)
(Suplentes: Gonçalo Pinto, Habib, Patrick, Euller, Juninho, Guima, Jonny Arriba, Queirós, Morim).
Treinador: Vítor Campelos.
- Vizela: Buntic, Tomás (Carlos Isaac, 85), Anderson, Bruno Wilson, Kiki, Diego Rosa (Claudemir, 63), Raphael Guzzo (Mendez, 64), Samu, Kiko Bondoso, Zohi (Alvarado, 90+2), Nuno Moreira (Sarmiento, 64)
(Suplentes: Luiz Felipe, Ivanildo Fernandes, Claudemir, Carlos Isaac, Mendez, Rashid, Sarmiento, Alvarado, Francis Cann).
Treinador: Álvaro Pacheco.
Árbitro: Rui Costa (AF Porto).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Steven Vitória (16), Raphael Guzzo (21), João Teixeira (62 e 71), Morim (80), Zohi (84), Claudemir (89), Kiko Bondoso (90+4) e Carlos Isaac (90+7). Cartão vermelho por acumulação de amarelos para João Teixeira (71). Cartão vermelho direto para Sarmiento (78).
Assistência: 5489 espectadores.
I Liga/ Desportivo de Chaves - Vizela (declarações)
Declarações após o jogo Desportivo de Chaves-Vizela (1-1), da terceira jornada da I Liga de futebol, disputado hoje em Chaves:
- Vítor Campelos (treinador do Desportivo de Chaves): “Vendo todas as circunstâncias e tudo aquilo que se passou durante o jogo, até porque nós entrámos muito fortes, marcámos um golo e podíamos ter feito mais um, pelo menos, pelas oportunidades que tivemos, e tendo em conta a posse de bola que foi superior, quer na primeira, quer na segunda parte, talvez a haver um vencedor teria que ser o Chaves. Acho que há uma grande penalidade que ficou por marcar a nosso favor. Estava 1-1 e, nessa altura, penso que já estavam 10 contra 10. Por isso, creio que a haver um vencedor teria que ser o Chaves.
Um jogo muito equilibrado. Nós entrámos por cima. A meio da primeira parte começámos a errar alguns passes, até situações não forçadas, e o nosso jogo deixou de ser tão fluído como estava a ser e o Vizela começou a crescer no jogo, equilibrou a partida nessa altura, por estávamos nós por cima, e acabou até por chegar ao empate.
Na segunda parte creio que o Vizela entrou melhor no jogo, teve uma ou outra oportunidade que também poderia ter marcado. Nos minutos em que estivemos em inferioridade numérica fomos uma equipa muito solidária. Após a expulsão do Vizela e as alterações que fizemos, creio que até ao fim do jogo tivemos nós por cima e, como disse, creio que houve uma grande penalidade que ficou por assinalar a nosso favor que podia ter ditado um desfecho diferente.
Concordo que, por aquilo que aconteceu no jogo, que o empate acaba por se ajustar, talvez, mas, como disse, tivemos mais posse de bola, tivemos uma entrada muito forte, em que podíamos ou deveríamos ter feito mais que um golo. O Vizela, por momentos, também esteve por cima do jogo, por isso, foi este o desfecho do resultado que temos de aceitar.
Uma palavra para os nossos adeptos, que estiveram sempre a apoiar do início ao fim, num jogo intenso entre duas equipas intensas que, a trabalhar assim, vão ser equipas que vão ter uma palavra a dizer no campeonato porque estão vivas. Creio que foi um bom espetáculo de futebol”.
- Álvaro Pacheco (treinador do Vizela): “Aquilo que foi o desenlace dos 90 minutos e olhando para aquilo que claramente define as oportunidades flagrantes que houve, penso que o resultado podia cair para o nosso lado. Fazendo um bocadinho aquilo que foi a reflexão do jogo, o Chaves entrou muito bem, a conseguir-nos criar algumas dificuldades não só pelo seu jogo interior, mas também pelo seu jogo exterior. Nos primeiros 15 a 20 minutos, nós tivemos alguma dificuldade em controlar o jogo e daí o Chaves passa para a frente do marcador de um erro nosso.
Depois de estarmos a perder, penso que a equipa se soltou um bocadinho e conseguimos equilibrar e começar a pegar no jogo, tanto é que na parte final da primeira parte já estávamos por cima. Chegámos ao intervalo empatados, mas já estávamos com um caudal muito por cima do Chaves.
Penso que a segunda parte foi toda nossa. Entrámos muito fortes, com uma capacidade posicional do jogo para criar oportunidades, não só em jogo posicional, como também em transições. Cortámos as linhas de passe que o Chaves [foi tendo] na primeira parte e estas na segunda parte não existiam. Começámos a pegar no jogo e sentíamos que, por essa capacidade de estarmos a ter a superioridade sobre o nosso adversário, estávamos a ser capazes de aproveitar o espaço e que o golo iria chegar pelas oportunidades que estávamos a criar.
Depois há a nossa expulsão e tenho de dar o mérito a esta massa associativa que é muito parecida àquilo que é a nossa família, uma massa associativa apaixonada pelo seu clube e foi muito importante para naqueles minutos finais fazer acreditar que o Chaves podia chegar e ter uma grande oportunidade de uma bola parada.
O resultado acaba por se ajustar, mas por aquilo que nós fizemos, saio daqui com aquela sensação que podíamos ter levado os três pontos e merecíamos ter levado os três pontos. A nossa caminhada faz-se caminhando, faz-se pontuando e quando não se consegue os três pontos, é mais um ponto”.
COMENTÁRIO: Empate em Chaves a uma bola marcado por duas expulsões
O Desportivo de Chaves empatou hoje com o Vizela (1-1), com golos de Hector e de Zohi, em encontro da terceira jornada da I Liga de futebol que ficou marcado por duas expulsões, uma em cada equipa.
Depois de cumprido um minuto de silêncio em memória de Roriz, antigo jogador do Desportivo de Chaves, ambas as equipas entraram em campo com 'fome' de vencer. Ainda que a primeira parte tenha sido equilibrada, os ‘valentes transmontanos’ entraram melhor na partida.
Com construções rápidas de jogo, o plantel às ordens de Vítor Campelos, que manteve o mesmo ‘onze’ inicial das primeiras duas jornadas, foi chegando perto da baliza adversária, criando várias situações de perigo na área do Vizela.
Aos quatro minutos, Nuno Moreira carimba a primeira oportunidade a favor dos visitantes mas a bola viria a passar por cima da baliza de Paulo Vítor. Dois minutos depois há novo remate na área dos visitantes, de Steven Vitória mas, mais uma vez, a bola saiu por cima da baliza adversária.
Aos sete minutos de jogo, depois de um primeiro remate de João Teixeira, Hector vai à recarga, mas Bruno Wilson aliviou para canto. Um minuto depois (08), Hector inaugura o marcador no seguimento de um contra-ataque rápido do avançado espanhol, que chegou ao golo com um remate cruzado.
A partir daqui, a equipa bracarense começou a soltar-se no jogo e a mostrar mais trabalho. Porém, aos 13 minutos, são os flavienses que registam mais uma grande oportunidade, com João Teixeira a chegar muito perto da baliza dos visitantes, travado por Buntic, mas a contar com João Correia e Hector numa recarga ‘tripla’, que resultou num remate forte do 'capitão' transmontano à baliza do Vizela, em que a bola acabou por sair por cima das redes.
Aos 40, Monte perdeu a bola, Raphael Guzzo recuperou-a e Zohi empatou o jogo depois de a bola ter batido no poste e ter entrado nas redes do guardião dos flavienses. Já no tempo de compensação, aos 45+3, Steven Vitória rematou de cabeça, mas a bola teimou em sair por cima da baliza.
A etapa complementar arrancou com o Vizela a fazer pressão alta, próximo ao adversário, à procura do erro dos visitados, que foram gerindo os homens do meio campo de forma a ocupar os espaços livres deixados pelos vizelenses, movimentando-se alternadamente e abrindo espaço para a tentativa de passes nas costas dos defesas.
Aos 47 minutos Paulo Vítor negou o golo a Nuno Moreira com uma grande exibição e, após a expulsão do 'capitão' dos ‘valentes transmontanos’, João Teixeira (71), que viu o segundo amarelo, seguido do cartão vermelho, por entrada dura sobre Sarmiento, o jogo permanecia empatado e não havia margem para a equipa da casa correr riscos.
Aos 78, após consultar o VAR, Rui Costa expulsou Sarmiento com vermelho direto por falta sobre o defesa central flaviense Steven Vitória e as equipas voltaram a estar em pé de igualdade.
A partir daqui os papéis inverteram-se e a indecisão do resultado manteve-se até ao 'cair do pano'. Ao contrário do que acontecera na primeira parte, o Vizela teve significativamente menor posse de bola, mas demonstrou uma elevada eficácia ofensiva, com transições rápidas, bolas altas, criando, assim, mais perigo no meio campo do Desportivo de Chaves.
A equipa da casa, por sua vez, optou por jogadas mais prudentes, passando a atacar de forma mais organizada e arriscando menos a perder a bola, o que acabou por ser revelador do peso da saída do seu 'capitão'.
Os últimos minutos da partida disputada na cidade de Chaves ficaram marcados por lances mais arriscados na procura constante, de ambas as equipas, em alterar o marcador. Aos 82, no seguimento de canto batido por João Mendes, Steven Vitória esteve muito perto de marcar o segundo para os transmontanos, mas a bola saiu ao lado da baliza.
Aos 86 minutos, também no seguimento de canto, Juninho cabeceou para golo, mas a bola saiu por cima das redes guardadas por Buntic. Do lado contrário, aos 90+3 valeu a saída de Paulo Vítor para travar a progressão de Mendez e impedir os visitantes de aumentar o marcador quase ao 'cair do pano'.
