O Desportivo de Chaves abandonou o último lugar da I Liga portuguesa de futebol, por troca com o Vizela, equipa que visitou e venceu hoje por 1-0, no jogo de ‘aflitos’ que encerrou a 29.ª jornada.
No encontro entre os dois emblemas em lugar de despromoção direta, disputado em Vizela, um autogolo de Jota, aos 29 minutos, bastou para os flavienses colocarem um ponto final numa série de seis jogos sem vencer, ganharam pela segunda vez como visitantes no campeonato e ‘entregaram’ o estatuto de lanterna-vermelha aos minhotos.
Com o triunfo de hoje, o Desportivo de Chaves passa a ter 22 pontos, mais um do que o agora último Vizela, que somou o quarto desaire consecutivo e está a seis pontos do Portimonense, primeira equipa em posição de play-off de manutenção.
I Liga/ Vizela - Desportivo de Chaves (ficha)
O Desportivo de Chaves venceu hoje o Vizela, por 1-0, em jogo da 29.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que se realizou em Vizela.
Jogo disputado no Estádio do Futebol Clube de Vizela.
Vizela – Desportivo de Chaves, 0-1.
Ao intervalo: 0-1.
Marcador:
0-1, Jota, 29 minutos (na própria baliza).
Equipas:
- Vizela: Ruberto, Tomás Silva, Jota, Anderson, Lebedenko (Lokilo, 62), Soro (Ba-Sy, 72), Busnic (Diogo Nascimento, 30), Samu, Petrov (Domingos Quina, 46), Essende e Matheus Pereira.
(Suplentes: Buntic, Hugo Oliveira, Escoval, Alex Méndez, Domingos Quina, Diogo Nascimento, Ortiz, Lokilo, Ba-Sy).
Treinador: Rubén de la Barrera.
- Desportivo de Chaves: Hugo Souza, Carraça, Ygor Nogueira, Vasco Fernandes, Junior Pius, João Correia (Sanca, 74), Guzzo (Pedro Pinho, 89), Essugo, Kelechi (Morim, 77), Rúben Ribeiro (Jô Batista, 89) e Hector Hernández (Paulo Victor, 77).
(Suplentes: Rodrigo Moura, Cafú Phete, Sylla, Pedro Pinho, Morim, Benny Sousa, Jô Batista, Sanca, Paulo Victor).
Treinador: Moreno.
Árbitro: João Pinheiro (AF Braga).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Domingos Quina (59), Guzzo (59), Lebedenko (60), Jota (69), Morim (90+4).
Assistência: 2.895 espetadores.
COMENTÁRIO:
Desportivo de Chaves vence em Vizela e já não é o último da I Liga
Um golo na própria baliza de Jota, ainda na primeira parte, deu hoje a vitória ao Desportivo de Chaves em casa do Vizela e permitiu aos flavienses escapar ao último lugar da I Liga portuguesa de futebol.
A formação flaviense trocou, assim, de posição com o adversário da partida da 29.ª jornada da I Liga de futebol, que é agora o lanterna-vermelha, com 21 pontos, mais um do que os vencedores de hoje, que são penúltimos.
Num jogo de ‘aflitos’, a formação comandada por Moreno somou a segunda vitória deste campeonato fora de casa e recuperou a ténue esperança de ainda poder garantir a manutenção no escalão principal. Já os vizelenses somam a quarta derrota consecutiva.
Ainda assim, a partida iniciou-se com muito ritmo e com oportunidade de perigo para ambas as partes.
Petrov, aos cinco minutos, fora da área, criou a primeira situação para a formação da equipa da casa: o jogador atirou de fora da área, mas Hugo Souza estava atento e defendeu sem dificuldades.
No minuto seguinte, novamente o Vizela, criou perigo, com Lebedenko, após um canto, a cabecear ao lado.
O Desportivo de Chaves fez a primeira ‘ameaça’ aos 13 minutos, altura em que Héctor Hernández quase chegava a um passe de Rúben Ribeiro, mas Anderson antecipou-se e cortou a bola.
O golo da formação de Chaves acabaria por chegar já perto da meia hora de jogo: Kelechi, depois de ter organizado o contra-ataque, aproveitou da melhor forma um mau corte de Tomás Silva e rematou de fora da área. A bola desviou em Jota e acabou por trair Ruberto, que não conseguiu travar o lance.
Logo de seguida, Rubén de la Barrera foi obrigado a fazer alterações na equipa: Busnic, lesionado, teve que ser substituído e para o seu lugar entrou Diogo Nascimento.
Petrov, ainda antes do intervalo, esteve perto do empate, mas o jogador do Vizela, dentro da área, rematou contra o próprio colega e desperdiçou mais uma boa oportunidade de golo
No arranque da segunda parte, foi o Chaves que somou várias oportunidades para ‘matar’ a partida, mas não conseguiu finalizar. No entanto, e apesar de não conseguir marcar, os visitantes fizeram um bom trabalho para segurar o resultado e para impedir o adversário de recuperar e subir no terreno.
Nestes segundos 45 minutos, marcados por sucessivas paragens, o Vizela pouco ou nada conseguiu criar de perigo junto da baliza do Desportivo de Chaves.
I Liga/ Vizela - Desportivo de Chaves
(declarações)
Declarações após o jogo Vizela-Desportivo de Chaves (0-1), da 29.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje, no Estádio do Futebol Clube de Vizela:
- Rubén de la Barrera (treinador do Vizela):
“Depois dos jogos, ficam as sensações, vinculadas aos resultados. Não me posso guiar pelas sensações. Falando da realidade, se falarmos de situações de golo na primeira parte, tivemos várias.
A realidade é que teve muito peso nos jogadores, e perdemos jogadores por lesão. Na segunda parte, foi diferente, não interpretámos bem as mudanças e ainda tiveram duas ocasiões em contra-ataque. A realidade é a que é, na segunda parte não tivemos capacidade para desequilibrar.
A reação dos adeptos é normal. Uma equipa que pretende a manutenção e os resultados são os que são. Entendo perfeitamente, o que se passa aqui é o que se passa.
Tenho motivação máxima. Sei o que dou aos jogadores, à equipa. Evidentemente que há frustração. Qualquer equipa que faz o que fizemos ia a ganhar dois ou três zero para o intervalo. Depois, não soubemos interpretar o jogo. Isto não é matemática, se fosse matemática, ganhávamos”.
- Moreno (treinador do Desportivo de Chaves):
“Queria mandar um abraço forte, enorme, em meu nome, e do grupo do Desportivo de Chaves, ao Rui Duarte. Que recupere rápido, dentro do possível, a dor que tem.
Em relação ao jogo, o Vizela entra forte, nós algo permeáveis, mas depois assentámos o jogo e levámos para aquilo que trabalhámos.
Marcámos um golo e tivemos várias oportunidades para fazer mais golos. Na segunda parte, não tivemos tantas oportunidades como queríamos, mas recordo o primeiro lance logo na segunda parte. O Vizela esteve mais no nosso meio campo, também por estratégia.
Na antevisão do jogo, disse que não atiramos a toalha ao chão, se calhar era o mais fácil pelos socos no estômago que temos levado, ainda no último jogo pela forma que foi, podíamos ter aqui uma equipa amorfa, mas não vimos isso. Faltam cinco jornadas, há 15 pontos em disputa, continua difícil, mas pela forma como somos tratados, como a cidade recebe as pessoas, obriga-nos a ser bons profissionais e é isso que vamos ser até ao final”.