O fluxo de indivíduos que vai procurar emprego no estrangeiro caiu 29 por cento, entre 1992 a 1999, puxado, sobretudo, pelo decréscimo dos emigrantes permanentes (aqueles que deixam o país para ficarem no estrangeiro por mais de um ano).
O número de emigrantes permanentes que saíram de Portugal em 1992 foi de 22.324, enquanto em 1999 foi de 4.077, o que representa uma queda de 82 por cento.
Já os emigrantes temporários (residem no estrangeiro por períodos até um ano) apresentaram uma tendência crescente, no mesmo período. Em 1992 saíram 16.998 indivíduos, enquanto em 1999 abandonaram o país 24.003.
Os emigrantes permanentes representavam, em 1999, cerca de 15 por cento do conjunto dos emigrantes que deixaram Portugal nesse ano. Sete anos antes, o peso era de 57 por cento.
Os últimos dados disponíveis do INE apontam para um total de saída de emigrantes de Portugal, em 1999, de 28.080 indivíduos. Contudo, o instituto é omisso relativamente ao número total de portugueses a trabalharem no estrangeiro.
Só a partir de 1992 o INE iniciou a série estatística dos fluxos de emigrantes portugueses, pelo que a nossa análise só começa nesse ano. As séries estatísticas só estão disponíveis até ao último ano da década de noventa.
O destino preferido dos emigrantes portugueses continua a ser a Europa, com principal destaque para França, Alemanha e Suíça. Em 1999, cerca de 91 por cento dos indivíduos que saíram de Portugal ficaram Europa, dos quais 28 por cento rumaram a França.
No mesmo período, os portugueses com destino ao continente americano foram apenas 1.446, cerca de 5,0 por cento do acréscimo de emigrantes desse ano.
O perfil de um emigrante português, baseado nos indicadores do INE de 1999, corresponde a um homem entre os 15 e os 44 anos, oriundo do Norte e Centro/Lisboa - Vale do Tejo, que possui o ensino básico até ao terceiro ciclo (nono ano de escolaridade).



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