No final da tarde do passado dia cinco, a Inspecção das Actividades Económicas e a Delegação de Saúde de Vila Real deslocaram-se à Feira de Artesanato e Gastronomia de Vila Real, organizada pela Nervir e a decorrer entre os dias 30 de Novembro e 8 de Dezembro. Foi depois de fiscalizarem o restaurante ali instalado e de detectarem a falta de licença e de \"condições\" para funcionar no local que os técnicos decretaram o seu encerramento.
Joaquim Costa, o dono do restaurante Grill, de Vila Real, foi convidado a participar no certame pela Nervir. Mas o secretário geral desta associação, José Brito, explicou ao Semanário TRANSMONTANO que a Nervir \"nunca teve de tratar da instalação dos restaurantes\". Segundo ele, esta responsabilidade \"compete aos responsáveis pelo restaurante\". José Brito disse ainda que o encerramento de restaurantes em feiras se está a tornar \"numa moda\" no nosso país, exemplificando com situações do género que tiveram lugar nas feiras de Santarém, da Golegã e do Verde Minho.
No entanto, a Nervir contesta a \"falta de condições\" referida pela Delegação de Saúde de Vila Real, visto tratar-se de um espaço para feiras que, como sublinhou José Brito, \"obviamente, não tem as mesmas condições que um restaurante fixo\".
O restaurante convidado para estar na feira é especializado em grelhados de carne maronesa e seria este o prato ali servido. José Brito admite que poderiam ser vistos no interior da feira alguns fumos, devido aos grelhados, mas considera tratar-se de uma \"situação normal\", frisando que o local onde foi instalado o restaurante não possuía as mesmas condições que terá um restaurante fixo normal.
A Nervir, não tendo tido ainda acesso ao relatório das entidades fiscalizadoras, pretende saber o que estas entidades entenderam exactamente por \"falta de condições\". No que toca aos produtos, tanto a Nervir como o proprietário do restaurante afirmaram não terem tido qualquer problema, \"o que é importante\", sublinhou José Brito.
Joaquim Costa não quis prestar declarações sobre a situação, mas adiantou que \"não tinha conhecimento que a Nervir não tinha a licença\" necessária para laborar na feira.