As várias iniciativas integradas na Feira das Cantarinhas, desde o programa da RTP, a Feira do Artesanato, a Corrida das Cantarinhas e as Chegas de Touros, bem como a alteração da data para o primeiro fim de semana de maio, fizeram do certame de 2018 um dos mais concorridos de sempre.

 

Terminou este domingo, dia 6 de maio, a Feira das Cantarinhas. Um encerramento que aconteceu, em simultâneo, com a 32ª edição da Feira de Artesanato de Bragança. Foram dezenas de milhares de pessoas que percorreram as principais artérias da capital nordestina por ocasião de um dos certames mais antigos do país, sobretudo, durante o fim de semana. O que veio validar a aposta do município, depois de este ter decidido alterar a data do certame para o primeiro fim de semana de maio. “Os dois dias, sábado e domingo, foram absolutamente fantásticos o que mostra efetivamente que no fim de semana há muita mais gente a vir à Feira”, sublinhou o presidente da Câmara Municipal de Bragança que, no final, fez um “balanço muito positivo”. “Foi interessante perceber que muitas pessoas que havia anos que não vinham à Feira das Cantarinhas e este ano tiveram essa oportunidade. Pessoas que são naturais do nosso concelho e que não tinham essa oportunidade devido à data em que a feira se realizava e que este ano tiveram essa possibilidade”, continuou Hernâni Dias, frisando o facto de entre os vários milhares de pessoas que vieram à Feira das Cantarinhas, muitos terem vindo de Espanha.

Questionado sobre se a alteração da data da Feira das Cantarinhas para o primeiro fim de semana de maio será para manter, o autarca afiança que “já tínhamos tido essa perceção clara que a mudança de data para o fim de semana seria, efetivamente, mais benéfica para toda a gente, não só para a cidade, mas para aqueles que vêm especificamente neste dia para participar na Feira das Cantarinhas. Com esta avaliação que é feita por nós, pelos comerciantes e pelos concidadãos, mais certezas temos que tomámos uma decisão acertada e será para manter, obviamente”. e já na sua terceira edição, a prova de atletismo, promete trazer à capital nordestina a 6 de maio alguns.

Mas se a feira, na opinião dos comerciantes, foi um sucesso, para tal muito contribuíram todas as outras iniciativas organizadas ao seu redor. Foi o caso do programa da RTP “Aqui Portugal” transmitido em direto da Praça Camões no sábado, dia 5 de maio, a 3ª edição da Corrida das Cantarinhas, integrada no Circuito Liga Allianz Record e um dos projetos vencedores do Orçamento Participativo 2016,que trouxe mais de 700 atletas a Bragança no domingo de manhã, entre alguns dos corredores de topo a nível nacional, e as Chegas de Touros que encheram o recinto na tarde de domingo. “Temos as duas raças, os cruzados e os mirandeses e este ano tivemos 46 touros a concurso, mais dez do que no ano transato. O município investe algumas dezenas de milhares de euros nesta iniciativa, de forma a promovermos a criação. No fundo, trata-se de dar-mos um contributo aos nossos agricultores para continuarem a produzir e a criar esta raça autóctone”, defendeu Hernâni Dias, ciente da importância deste campeonato para os transmontanos. Tanto assim que o edil brigantino assegura, desde já, que irá “continuar a apostar nesta iniciativa”, até porque, reconhece, que as Chegas de Touros “têm vindo a ter cada vez mais adesão por parte das pessoas”.

O Campeonato de Chegas de Touros, no entanto, só terminará a 21 de agosto, em plenas Festas da Cidade. “Ao longo deste período, vamos ter seis dias de campeonato. Um já neste mês, a 25 de maio, depois dia 14 de junho, dia 1 e dia 29 de julho e terminamos a 21 de agosto com a final a ser disputada neste recinto”, antecipou Hernâni Dias, num “claro incentivo de promover a criação desta raça autóctone”.

 

 

OPINIÕES DE ALGUNS DOS COMERCIANTES DA FEIRA DE ARTESANATO

 

Henrique Ferreira, Aveleda

“Participo na Feira do Artesanato há 11 anos e esta edição correu bem. Agora, claro que pode sempre correr melhor, mas não nos podemos queixar. Para o ano regresso, até porque regressamos sempre. Sábado e domingo, muita gente, nos outros dias nem tanto, mas isso é normal.”

 

Isabel Marinha, Mogadouro

“É o segundo ano em que participo nesta feira e correu muito bem, graças a Deus! Houve muita, muita gente, as vendas correram muito bem e para o ano penso que sim, que estarei de regresso.”

 

Ingrid Barten, Matosinhos

“Já participo nesta feira há 7 anos. Correu razoavelmente bem, mas acho que o lugar da gente não seria aqui, pois é um bocado escondido, mas na Praça da Sé. Vou regressar para o ano porque gosto de Bragança, das pessoas, de tudo.”

 

 

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