O Dia do Maronês é celebrado pela primeira vez no sábado, em Vila Pouca de Aguiar, para valorizar a raça autóctone de gado bovino que vive entre as serras do Alvão e Marão, distrito de Vila Real.

“A principal ideia é a valorização e a divulgação do maronês com o intuito de beneficiar todos os produtores que produzam em regime puro este animal”, afirmou hoje à agência Lusa o presidente da Cooperativa Agrícola de Vila Pouca de Aguiar (Coopaguiarense), Francisco Castanheira.

O evento, que decorre na lagoa do Alvão, inclui a realização de um concurso pecuário que irá distinguir os melhores exemplares do gado maronês e ainda uma mesa redonda dedicada ao tema “A valorização da raça maronesa”, com vários especialistas que irão falar sobre o animal e a sua produção.

Entre os participantes estão Virgílio Alves, investigador que se dedicou ao registo da raça e acompanhamento dos produtores, Marília Olhero, da Cooperativa Agrícola de Vila Real, que irá falar sobre a promoção e a venda da carne maronesa, da parte industrial Vítor Gonçalves irá abordar os desafios da comercialização e, por fim, Tommy Ferreira dará a conhecer a parte da produção e maneio do animal e a sua integração com a natureza e o ambiente.

A maronesa é uma raça autóctone criada essencialmente num regime extensivo de pastoreio de montanha e o seu território estende-se entre as serras do Alvão e Marão, nos concelhos de Vila Pouca de Aguiar, Vila Real, Mondim de Basto e Ribeira de Pena.

Segundo Francisco Castanheira, neste território haverá um efetivo de cerca de 4.000 animais desta espécie.

O Dia do Maronês surgiu de um desafio lançado pelos produtores e é organizado pela Coopaguiarense com apoios da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, freguesia do Alvão e colaboração do Agrupamento de Produtores de Carne Maronesa e da Associação de Criadores do Maronês.

“A função da cooperativa é fomentar e dar voz aos produtores. É ajudar a organizar e a fomentar a atividade, é ajudar os produtores a fixarem-se e a desenvolverem as suas atividades”, referiu Francisco Castanheira.

Antigamente, a vaca maronesa era usada para o trabalho agrícola e para a produção de carne. Atualmente, a sua criação visa apenas a produção de carne que é comercializada pela Cooperativa Agrícola de Vila Real.



PARTILHAR:

Três jovens suspeitos de atearem incêndio florestal em Mesão Frio

Calcorrear o país não custa quando a missão é apoiar a família