Um primeiro diagnóstico com estatísticas das empresas de Trás-os-Montes será apresentado, a 27 de maio, em Bragança, num fórum sobre "Empreendedorismo e Coesão Territorial", que vai também debater os apoios e execução de fundos comunitários.

Este fórum é a segunda iniciativa pública promovida pelas nove entidades que assinara, há dois anos, a Carta de Compromissos para a criação de um plano de desenvolvimento regional, e decorrerá no primeiro dia da Expo Trás-os-Montes, a feira organizada pela associação empresarial Nerba, no último fim de semana de maio, em Bragança.

A iniciativa foi apresentada hoje em Bragança e, segundo o presidente do Nerba, Eduardo Malhão, revelará em painéis estatísticas das empresas "mais pujantes e mais frágeis" da região, num trabalho que nunca foi feito, as redes de apoio ao empreendedor e a necessidade de concertação das mesmas, e a assimetria na distribuição de fundos comunitários entre o interior.

A organização espera a presença de "todos os setores" nesta iniciativa, nomeadamente empresários, investigadores, académicos, entre outros.

A ambição, segundo o presidente do Nerba, é no final deste fórum e conseguir orientações para "um melhor desempenho".

"Trabalhar mais em cooperação" é uma necessidade apontada por José Adriano, do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), uma das entidades que assinou a Carta de Compromissos, junto com o Nerba, o Nervir (associação empresarial de Vila Real), a Associação Empresarial do Alto Tâmega (ACISAT), a Universidade de Trás-os-Montes (UTAD), a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, e as três comunidades intermunicipais (CIM) da região: Terra de Trás-os-Montes, Alto Tâmega e Douro.

Para o representante da CIM Terras de Trás-os-Montes, Rui Caseiro, as conclusões servirão "para orientar o trabalho em rede", mas a região tem, sobretudo de ser "capaz de ter poder reivindicativo".

Um dos problemas que apontou é o da coesão territorial. "Há anos que os fundos comunitários são canalizados para os territórios de convergência" como a região transmontana, mas "no final as assimetrias continuam".

"É um dos problemas que temos de fazer ver aos governantes", vincou.

A organização do fórum espera a presença do Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral.

Sobre o trabalho do grupo que assinou a Carta de Compromissos para Trás-os-Montes, o presidente do Nerba, Eduardo Malhão, assegurou que não se tem resumido aos dois fóruns públicos, o agendado para 27 de maio, em Bragança, e outro realizado há um ano, em Vidago.

O dirigente afirmou que existe "um grupo de trabalho operacional a trabalhar em projetos para candidatar ao programa 2020", e no "diagnóstico de oportunidades de negócios".
Lusa



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