Hoje há mais portugueses no Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Espanha, Suíça e Angola, mas a comunidade lusa no geral reduziu-se. Em Portugal, os imigrantes já representam 5% da população portuguesa e 10% da população ativa.
O número de emigrantes portugueses espalhados pelo mundo é hoje menor do que há cinco anos. Segundo as contas do Observatório de Emigração, citadas pelo \"Jornal de Notícias\", a diáspora portuguesa conta com menos 215 mil emigrantes. Embora de 2005 a 2009 tenha havido 350 mil portugueses a procurar uma vida melhor fora do País, o número de emigrantes que regressaram foi superior.
Os países que viram diminuir mais o número de portugueses foram França (menos 224 mil), Venezuela (menos 133 mil) e África do Sul (menos 100 mil). Já os países que viram aumentar o número de portugueses foram Reino Unido (mais 100 mil), Estados Unidos da América (mais 90 mil), Canadá (mais 53 mil), Espanha (mais 49 mil) e Suíça (mais 30 mil).
Crescendo está, por exemplo, a emigração portuguesa para Angola. Em 2006 foram emitidos 156 vistos, mas no ano passado, 23.787 portugueses obtiveram autorização para trabalhar naquele país africano.
Já as remessas dos emigrantes estão em queda. Os dados do Banco de Portugal mostram que o dinheiro enviado pela comunidade lusa para o seu país caiu dos 3.459 milhões de euros do ano 2000 para 2.282 milhões de euros em 2009.
Imigração: 184 mil estrangeiros legalizados em Portugal
Em Portugal, cerca de 184 mil imigrantes foram legalizados nos últimos três anos, pela aplicação da nova lei dos estrangeiros, em vigor desde agosto de 2007, segundo anunciou a secretária de Estado da Administração Interna. Segundo Dalila Araújo, foram legalizados 50 mil imigrantes que tinham situação laboral estável em Portugal e 57 mil no âmbito do reagrupamento familiar, tendo sido ainda atribuídos mais 77 mil estatutos de nacionalidade portuguesa.
\"Por mera aplicação da lei, regularizamos estrangeiros em número muito superior ao que qualquer regularização extraordinária poderia fazer\", sublinhou a governante, para quem a nova lei significou \"uma mudança da paradigma para a imigração”, através de política “muito humanista”, que facilita e incentiva a regularização.
Neste momento, e segundo Dalila Araújo, há 454 mil estrangeiros a residir em Portugal, dos quais apenas 2% estarão em situação ilegal. A secretária de Estado ressalvou que esta porcentagem não é rigorosa, sendo avaliada com base nos resultados das ações de fiscalização realizadas em 2009.
De acordo com Dalila Araújo, o número de ilegais em Portugal tem vindo a decrescer, uma tendência que deverá manter, também graças à implementação do programa “O SEF vai à escola”, que já atribuiu título de residência a 700 menores estrangeiros até então indocumentados.
Os imigrantes já representam 5% da população portuguesa e 10% da população ativa. “O nosso objetivo é que não haja qualquer cidadão estrangeiro indocumentado em Portugal”, frisou Dalila Araújo.