Os mogadourenses na diáspora disseram, ontem, «não» à intenção demonstrada pelo empresário Patrick Monteiro de Barros de vir a construir uma central nuclear junto ao Douro Internacional. Esta tomada de posição decorreu durante o quinto encontro de «Mogadourenses na Diáspora», que reuniu cerca de centena e meia de pessoas.

\"Não devemos permitir que se deixe tomar decisões em relação à construção de um empreendimento onde seja utilizada a energia nuclear eu estou disposto a juntar a minha voz a qualquer luta contra o nuclear,\" disse, ao JN, Artur Pereira, um mogadourense que agora reside no concelho de Amarante.

A defesa das energias renováveis, sendo mais limpas e rentáveis, foi outro dos assuntos abordados, sendo apresentadas como alternativa ao investimento no nuclear. \"A energia nuclear tem de ser posta de lado e há que investir a sério no potencial das energias alternativas, já que são mais limpas e menos dispendiosas\", acrescentou António Rodrigues, uma mogadourense a residir no Porto.

Já Morais Machado, autarca local, garantiu que \"o silêncio que decorre em relação à questão do nuclear, por vezes é perigosa, porque se pode estar a avançar em relação ao projecto de forma encapotada. Depois, quando esses projectos são apresentados às populações, são já encarados como factos consumados\".

Amílcar Fernandes, director do Centro de Estudos em Economia de Energia dos Transportes e do Ambiente, deixou claro que \"a energia nuclear é um embuste, já que não tem o potencial energético que tanto se anuncia\".

No final do debate ficou claro que para os mogadourense, e dado o potencial do concelho, que as chamadas energias renováveis são mais vantajosas, como é o caso da energia hidroeléctrica, a fotovoltaica, biomassa e eólica.



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