O ministro da Administração Interna, António Costa, desvalorizou hoje as críticas ao processo de integração dos guardas florestais na GNR, afirmando que quaisquer problemas \"vão ser resolvidos paulatinamente\".
António Costa assistiu hoje em Lisboa à integração na Brigada Territorial 2 da GNR de guardas florestais que vão integrar o Serviço da Protecção da Natureza e Ambiente daquela força, uma cerimónia que se repetiu em várias unidades por todo o país.
Confrontado com críticas à maneira como os guardas florestais foram recebidos nas respectivas unidades, que a Federação de Sindicatos da Função Pública descreveu como \"humilhante\", com \"condições de trabalho subvertidas e estatuto funcional desvalorizado\", o ministro afirmou que é \"natural que haja dúvidas\" sobre as funções futuras.
\"Não há motivo para angústias\", afirmou, frisando que a GNR receberá os guardas florestais \"de braços abertos\".
O comandante-geral da GNR, Mourato Nunes, reconheceu que pode haver \"situações pontuais\" de dificuldade de integração atribuíveis a \"desfasamentos imputáveis quer à GNR quer à Direcção-geral de Florestas\", sob cuja tutela estavam.
\"Temos feito tudo para que [os guardas florestais] se sintam bem e integrados, mas é natural alguma ansiedade, com novos hábitos e formas de trabalhar\", afirmou o tenente-general Mourato Nunes.
Num comunicado divulgado hoje, a federação sindical apontou situações alegadamente registadas em distritos como Viana do Castelo e Bragança, onde \"ninguém tinha quaisquer instruções\" sobre o que fazer com os guardas florestais ou relativamente ao trabalho que vão desempenhar.
A federação sindical continua a reclamar uma \"definição das condições de trabalho dos guardas na transição para o quadro de pessoal civil da GNR\".
O corpo da guarda-florestal passou a partir de hoje a integrar a GNR, desempenhando funções no Serviço da Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), com cerca de 400 elementos.