A Diocese de Vila Real criou uma comissão para dinamizar o órgão sinfónico com 2.180 tubos da Sé da capital de distrito, organizar um programa de concertos e implementar iniciativas dirigidas aos mais novos, foi anunciado.
A comissão, cujo despacho de nomeação foi assinado pelo bispo António Azevedo, é constituída por 10 pessoas e presidida pelo monsenhor Agostinho da Costa Borges, integrando ainda Gianpaolo di Rosa, organista titular, Frederico Ferreira, diretor do diretor do coro da Sé de Vila Real, entre outros sacerdotes e representantes da sociedade civil.
De acordo com uma nota de imprensa da diocese, a comissão tem como objetivos “promover a importância litúrgica e cultural do órgão sinfónico da Sé, zelar pelo seu uso adequado e pelo bom estado de conservação, organizar um programa regular de concertos e estabelecer contactos com entidades públicas e privadas para obter apoios que fomentem a atividade de concertos e outras iniciativas relativas ao órgão sinfónico”.
Tem ainda como finalidades divulgar a “atividade de concertos de órgão, procurando chegar a novos públicos, suscitar dinâmicas que favoreçam o conhecimento e o interesse das comunidades da diocese e os coros litúrgicos e implementar iniciativas dirigidas aos mais jovens, tendo em vista despertar o conhecimento e gosto pelo órgão sinfónico e o surgir de futuros organistas”.
Desde 2016 que a Sé de Vila Real dispõe de um órgão sinfónico de 2.180 tubos, uma peça de arte feita em Itália que representou um investimento de 500 mil euros, comparticipados por fundos comunitários.
A peça de arte ocupa uma das fachadas internas da Sé, possui quatro teclados e 33 registos para um total de 2.180 tubos e a sua aquisição inseriu-se no projeto Rota das Catedrais do Norte de Portugal, lançado pela Direção Regional da Cultura do Norte (DRCN).
O órgão de Vila Real foi o segundo trabalho em Portugal da Famiglia Mascioni, responsável pela reconstrução do órgão de tubos do Santuário de Fátima.
A diocese destacou a importância que o órgão de tubos tem “para a qualidade da música na liturgia, o lugar incomparável deste instrumento na história da música ocidental e as suas capacidades únicas para a execução de um vasto e específico reportório de obras para concerto”.