João Herdeiro era o convidado "especial" da sessão solene do 25 de Abril que, para fugir à rotina das comemorações, a assembleia municipal decidiu assinalar no Parque Natural de Montesinho com o objectivo de ser informada das actividades previstas para a área.
O director do parque não compareceu por alegados problemas de saúde, mas não informou da sua ausência os eleitos municipais que ainda hoje estariam à sua espera não fosse uma alteração logística que obrigou a contactar os serviços da área protegida, de acordo com o presidente da assembleia, Telmo Moreno.
"O director do parque teve uma atitude de alta irresponsabilidade" considerou.
Os eleitos do PSD consideraram o comportamento "inaceitável" e apresentaram uma moção de censura ao director do PNM, que foi aprovada com os votos a favor dos social democratas, da CDU e do CDS-PP.
Embora com algumas abstenções, a maioria dos eleitos socialistas votou contra por considerar que "uma moção de censura não deve ser votada sem ser ouvida a parte visada".
A moção, que vai ser enviada ao primeiro-ministro e ao ministro do Ambiente, classifica como "insólita, ostensiva, inaceitável e indigna" a atitude do director do PNM e inaceitável que na sua ausência não haja ninguém para o representar naquele organismo.
"Alguém quis estragar esta festa do 25 de Abril e esteve rindo- se para aquilo que estava a ser programado e esse alguém foi o director do parque, não tendo desculpa tal atitude", considerou o porta-voz do PSD, Amândio Gomes.
Amândio Gomes criticou a gestão da área protegida, afirmando não estar a "ser feito o que deve ser levado a bom termo para que o parque vingue e seja a glória dos bragançanos", apesar de ser apontado pelas entidades ligadas ao ambiente como um exemplo a nível nacional.
Segundo os contestatários, João Herdeiro já tinha tido uma atitude idêntica aquando da tomada de posse, há alguns meses, em que "demonstrou desprezo pelos interesses dos bragançanos ao insurgir-se contra a construção do troço do IP2 que ligará Bragança a Puebla de Sanábria, em Espanha, e atravessará o parque".
A Agência Lusa tentou ouvir João Herdeiro, o que não foi possível em tempo útil.



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