O diretor nacional da PSP, José Barros Correia, reconheceu hoje a necessidade de mais recursos humanos e materiais em todo o país, afirmando que é “de bom-tom” que se encontrem soluções para minimizar estas dificuldades.

O superintendente-chefe José Barros Correia falou hoje aos jornalistas, em Mirandela, onde esteve presente na cerimónia comemorativa do 148.º aniversário do Comando Distrital da PSP de Bragança e respondia ao alerta nesse sentido deixado pelo comandante da região, que disse ter ouvido “com muita atenção”.

“(...)Isto não é um problema do comando distrital de Bragança. Antes fosse, que se calhar já estava resolvido. Mas não é por isso que a segurança das pessoas e dos territórios são postas em causa”, vincou o diretor nacional, acrescentando que “obviamente que é de bom-tom” que se encontrem soluções que ajudem a minimizar as dificuldades que “são reais em todo o dispositivo policial”.

Para José Barros Correia, é normal que algumas ocorrências locais os comandantes possam sentir essa necessidade de ter mais recursos humanos e materiais.

José Correia Barros enalteceu ainda o trabalho desenvolvido no distrito de Bragança, que continua a ser “um dos mais seguros do país”.

Nas comemorações, o comandante distrital da PSP de Bragança, o superintendente Carlos Anastácio, alertava para a necessidade de mais meios na região.

Carlos Anastácio sublinhou também que essa necessidade acaba por estar “em linha” com o país.

Atualmente, nas esquadras da área de intervenção da PSP no distrito de Bragança, Mirandela e a capital de distrito há cerca de 200 operacionais, com uma média de idades superior a 50 anos.

“Como é sabido, tem havido um número menor de concorrentes à PSP. E isso vai-se refletindo nos comandos. No nosso caso, mais nos oficiais. Mas penso que com uma boa gestão a nível nacional se conseguirá colmatar essa deficiência”, apontou Carlos Anastácio.

O comandante de Bragança mostrou-se ainda preocupado por estarem previstas para breve promoções, o que poderá levar dois oficiais a abandonar o comando.

“Importa acautelar anteriormente a acontecer essa situação. O mesmo em relação aos funcionários não oficiais. Durante este ano estamos a prever que dois vão sair para aposentação, o que é significativo. (…) Há um concurso nacional e tentei sensibilizar o senhor diretor nacional para que sejamos contemplados com os frutos desse concurso”, disse ainda Carlos Anastácio.

Na cerimónia comemorativa foi ainda assinado um protocolo com o Instituto Politécnico de Bragança que prevê a possibilidade de os alunos realizarem estágios na polícia na área da assistência social.

“É importante ter uma ligação com os estudantes, que é uma parte comunidade muito importante, representam praticamente um terço [da comunidade]. (…) Há um certo mito que a polícia é só para fiscalizar. (…)Pretendemos aproximarmo-nos deles, que nos compreendam e que vejam um ponto de apoio em qualquer dificuldade”, afirmou Carlos Anastácio.



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