O distrito de Vila Real vai contar com a intervenção de 869 bombeiros, 231 viaturas e três helicópteros na fase mais crítica de risco de incêndios florestais, anunciou esta segunda-feira o comandante operacional distrital (CODIS).
Carlos Silva apresentou ontem, em Vila Real, o dispositivo de combate a incêndios para o distrito, que considerou ser \"semelhante\" ao do ano passado.
O distrito de Vila Real, com 70 por cento dos 430 mil hectares de área total ocupados por floresta, conta na fase Charlie (entre Julho e Outubro) com 301 bombeiros e 65 viaturas.
Carlos Silva adiantou ainda que as nove equipas de intervenção permanente, que estão em constituição, deverão estar em funcionamento na fase Charlie, e que o distrito vai ainda contar com mais 31 equipas de sapadores florestais.
O dispositivo neste distrito, um dos que tem maior risco de incêndio devido à extensão da sua área florestal, vai contar com o apoio de três helicópteros que vão ficar estacionados em Vila Real, Ribeira de Pena e Vidago.
A GNR disponibiliza para o combate aos incêndios 179 militares do comando territorial de Vila Real, mais 93 elementos das Equipas de Protecção da Natureza (EPNA) e 53 membros do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS), com um total de 114 viaturas.
O major da GNR, Luís Ventura, salientou a grande aposta na prevenção e sensibilização, colocando para o efeito equipas a recolher informações no terreno, até porque uma grande parte dos incêndios que ocorrem no distrito está relacionada com a actividade pastoril.
Luís Ventura referiu ainda que Vila Real é o distrito do país com o maior número de postos de vigia em funcionamento, designadamente 26 na fase mais crítica, onde estarão em serviço 104 homens provenientes dos centros de emprego locais.
O total de homens e mulheres que vão estar no combate aos fogos é de 869, com 231 viaturas, entre bombeiros, militares da GNR e do exército, sapadores florestais, PSP, Autoridade Florestal Nacional, elementos do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade.
Vila Real é o distrito do país com maior área ardida este ano. Entre 1 de Janeiro e esta segunda-feira, os bombeiros do distrito foram chamados a combater 1130 incêndios, que queimaram uma área de 3.586 hectares.
Em 2008, os bombeiros contabilizaram 1.110 incêndios e 1.595 hectares de área ardida. De 2005 a 2008, a média de incêndios no distrito foi de 1558 e a de área ardida de 10.997 hectares.