O distrito de Vila Real reforçou para oito os postos de vigia na rede primária, ativada este mês para deteção de incêndios, e mantém o combate aéreo assente nos helicópteros devido à inoperacionalidade da pista do aeródromo.

O plano de operações distrital, no âmbito do Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais 2020 (DECIR), foi apresentado hoje, durante a reunião da Comissão Distrital de Proteção Civil de Vila Real.

O comandante distrital de operações de socorro (CODIS), Álvaro Ribeiro, afirmou que se pretende que "haja uma deteção precoce do incêndio” e “um despacho musculado e imediato dos meios de ataque inicial para resolver a ocorrência na fase nascente”.

“Nesta fase já estamos com oito postos de vigia em funcionamento, o normal são cinco. Isto foi um acrescento em especial no Norte do distrito e já há vários anos que dávamos nota desta dificuldade”, referiu o CODIS.

Para o responsável, este reforço de mais três postos de vigia “veio melhorar substancialmente a rede de deteção de incêndios”.

Os primeiros postos de vigia foram ativados a 07 de maio, sendo esta uma rede nacional que é coordenada pela Guarda Nacional Republicana e que integra o DECIR.

Durante a reunião, o major Eduardo Lima, da GNR de Vila Real, especificou que, nesta fase, foram contratados 32 operadores para os oito postos de vigia, os quais asseguram o seu funcionamento 24 horas por dia e estarão a trabalhar até outubro.

Depois, a partir do dia 29 de junho serão ativados mais 18 postos no distrito e contratados 72 vigilantes.

A nível nacional foram ativados, nesta fase inicial, 77 postos, número que aumentará, a partir do final de junho, para 230 e 920 operadores.

Devido à inoperacionalidade da pista do aeródromo municipal de Vila Real para os aviões, entre 01 junho e 15 de outubro, o distrito contará com o apoio de quatro helicópteros (dois ligeiros, um médio e um pesado) dispersos pelos três centros de meios aéreos (CMA): Vila Real, Vidago e Ribeira de Pena.

Vila Real deveria dispor em permanência de um helicóptero ligeiro que, segundo o CODIS, neste momento “ainda está em contrato”, ou seja, as empresas concorrentes não aceitaram a decisão do júri do concurso público e o processo está em tribunal.

“Isto quer dizer que a todo o momento nós esperamos que haja indicações da sua disponibilização e envio para o CMA de Vila Real. Estamos a aguardar decisão do tribunal nesta matéria”, referiu.

No entanto, acrescentou que, a partir de sexta-feira será colocado um helicóptero bombardeiro médio no CMA de Vidago que contará com uma equipa de nove elementos da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR. A partir de 01 de junho será ativado o CMA de Ribeira de Pena que terá afeto um helicóptero ligeiro e colocado o meio aéreo pesado em Vila Real.

A maior parte do dispositivo terrestre é composta pelos bombeiros das 25 corporações do distrito, mas integra ainda sapadores florestais e vigilantes do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e também elementos da GNR e PSP.

A partir de sexta-feira, no designado nível reforçado II, o dispositivo integra um total de 574 elementos e 144 viaturas.

O maior reforço é concretizado na fase de maior risco, entre 01 de julho e 30 de setembro, com 754 operacionais e 183 veículos.



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