Os dirigentes do PCP de Bragança acusam os deputados do PS e do PSD,eleitos por aquele distrito, de terem uma atitude «sectária» e contrária aos interesses da região, porque votaram contra as propostas comunistas para o Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Adminsitração Central (PIDDAC) para 2007. Os comunistas \"responsabilizam\", desde já, aqueles deputados pelos prejuízos causados ao distrito.
\"A não ser alteradas as actuais políticas de Direita para o país, o distrito de Bragança poderá entrar em pré-coma\", acusa José Brinquete, devido a \"quatro doenças socais extremamente graves isolamento, desertificação, envelhecimento e medo\"
O PCP apresentou, ontem, em conferência de Imprensa, um conjunto de 31 propostas, no valor de 9,1 milhões de euros, para o distrito de Bragança que deveriam ser executadas por oito ministérios e que vão desde o ensino à economia, às acessibilidades e à cultura.
Entre as propostas destaca-se a construção das instalações da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Mirandela, a criação de um observatório astronómico e de um observatório regional das dinâmicas e das políticas territoriais, a criação e instalação do Museu das Minas de Argoselo, a conclusão de um plano integrado para o regadio do Vale da Vilariça e a construção de um complexo desportivo de altitude, para treino de alta competição no Montesinho, entre outras.
A construção de eixos rodoviários fundamentais na região, como o IC5, o troço do IP2 entre Vale Benfeito-Ponte do Sabor (nos concelhos de Macedo de Cavaleiros e Torre de Moncorvo) e o nó de ligação do IP4/IP2 à zona industrial de Macedo de Cavaleiros, é a prioridade do PCP ao nível das acessibilidades.
No entanto, José Brinquete, do PCP/ Bragança, referiu que o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, informou o deputado comunista Agostinho Lopes que \"não tem dinheiro para executar aquelas obras\", ao contrário do que foi prometido e calendarizado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, quando em Maio visitou a região.
Segundo o dirigente do PCP, o responsável pela tutela terá afirmado ainda que não seria o troço do IP2 do distrito de Bragança o primeiro a começar a ser construído, visto que as obras vão iniciar- -se no distrito da Guarda.