A Escola Secundária do Rodo, em Peso da Régua, entregou à mãe do pequeno Emanuel um donativo superior a 1500 euros, resultante de uma campanha de solidariedade destinada àquela criança, conhecida por «menino azul» devido a doenças raras de que é portadora.
Natural dos Açores, o Emanuel completa apenas nove anos no dia 22 de Junho, sendo portador de duas doenças muito pouco vulgares e fatais: Tetrolegíade Fallt e Síndroma de Alagil.
A iniciativa partiu dos alunos e, de imediato, mereceu a participação de professores, pais e encarregados de educação, tendo-se transformado num verdadeiro movimento de solidariedade. Este contou com o apoio especial do governador civil de Vila Real, António Martinho, ex-professor, que se manifestou sensibilizado pela natureza do projecto e pelo sentido de oportunidade do mesmo.
Uma jornada de solidariedade que, só da parte dos alunos, resultou num donativo superior a 1500 euros, e que foi entregue por Salvador Ferreira, presidente do conselho directivo.
Helena Silva, mãe do Emanuel, após muita luta, determinação, angústias e sofrimentos, viu finalmente o Governo Regional dos Açores reconhecer a grande injustiça cometida pelos chefes da Segurança Social. Teve de abandonar a Ilha Terceira e partir para os Estados Unidos, onde permaneceu durante seis longos meses na expectativa derradeira de uma solução para os problemas de saúde do seu filho, apesar das poucas esperanças, como nos confessa.
Helena tem recebido ajuda da parte da mãe, dos amigos, comunicação social, juntas de freguesia, câmaras municipais e escolas. Actualmente, de forma a fazer face às avultadas despesas que os tratamentos implicam, promove a venda de quadros e livros criados por si, obras que ela dedica a todos os \"Meninos Azuis.\" A produção dos livros foi oferecida pelo jornal Expresso do Centro e pela Gráfica Abreu & Simões, sendo vendidos a 2,50 euros cada exemplar.
Apesar de garantido o pagamento das despesas com a medicação por parte do Estado, cerca de mil euros, esta determinação não foi ainda publicada em Diário da República, pelo que não produz, de momento, os efeitos necessários.