O Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Duero-Douro viu aprovada uma candidatura a fundos comunitários no montante de 1,6 milhões, destinados a criação de marca única destinada à comercialização de produtos endógenos do território transfronteiriço, divulgou hoje.

"Esta marca visa agregar os produtos agroalimentares produzidos neste território ibérico e promover a sua comercialização, exportação e internacionalização junto do mercado externo, através de uma plataforma conjunta, de forma a potenciar a economia familiar", disse hoje à Lusa, o diretor geral do AECT Duero-Douro, José Luís Pascual.

Segundo aquela entidade ibérica, outros do objetivos do projeto passa pela criação de uma central de reserva na Internet tendo em vista a promoção e reserva de espaços turísticos de "qualidade" nos territórios transfronteiriços próximos do Douro Internacional.

Os promotores do projeto pretendem abranger cerca de 200 entidades de ambos os lados da fronteira, num território que se estende desde o concelho de Vinhais, no distrito de Bragança, ao do Sabugal, no distrito da Guarda, do lado português.

Do lado espanhol, o projeto estende-se desde a região de Zamora até à província de Salamanca.

"O primeiro passo será a criação de uma Denominação de Origem Internacional para proteger os produtos agroalimentares produzidos no território abrangidos pelo AECT Duero-Douro", frisou.

Segundo o responsável, produtos como queijos, enchidos, amêndoa, azeite, mel entre outros estarão abrangidos por esta "nova forma" de comercialização que junta Portugal e Espanha na mesma marca que une os territórios ibéricos junto ao Douro Internacional, reforçando a cooperação luso-espanhola.

Para o presidente da câmara de Miranda do Douro, um dos municípios envolvidos na iniciativa, esta é a primeira plataforma ibérica destinada a promover o turismo de qualidade e os produtos endógenos do território

"Trata-se de um projeto exemplar porque junta produtores arborícolas, operadores turísticos e outros agentes de desenvolvimento, quer portugueses, quer espanhóis", frisou.

Já o vice-presidente da câmara de Mogadouro, Evaristo Neves, refere que "esta estratégia colaborativa e inovadora tem uma orientação para alavancar Pequenas e Medias Empresas, aumentando a sua visibilidade e o seu volume de exportações", explicou o autarca.

O projeto será financiado em 1,6 milhões de euros provenientes do Programa Operativo de Cooperação Transfronteiriça Espanha Portugal (POCTEP).



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