O Tribunal de Vila Real condenou hoje a penas suspensas entre um e cinco anos de prisão os 12 arguidos que estavam a ser julgados pelo crime de tráfico de droga agravado.

Os 12 arguidos possuem idades compreendidas entre os 22 e os 47 anos e ligações familiares, eram suspeitos de vender o produto estupefaciente em Vila Real e Vila Pouca de Aguiar e foram detidos em abril de 2021 pela GNR.

Os seis homens e seis mulheres estavam acusados pelo Ministério Público (MP) pelo crime de tráfico de droga agravado. Seis deles estavam também acusados do crime de detenção de arma proibida.

O coletivo de juízes condenou hoje os 12 arguidos a penas de prisão suspensa entre um ano e os cinco anos.

Durante a leitura do acórdão, a presidente do coletivo de juízes disse que as penas aplicadas são uma oportunidade que o tribunal está a dar porque os arguidos confessaram e mostraram arrependimento.

No início do julgamento, a 10 de março, apenas dois aceitaram prestar depoimento perante o coletivo de juízes e ambos assumiram o crime e referiram atuar sozinhos.

Um deles, com 36 anos e que há cerca de um ano criou a Associação Nacional e Social de Etnia Cigana (ANSEC), em Vila Real, para promover o acesso ao emprego e à inclusão social, pediu desculpa às pessoas da sua comunidade e assumiu a venda do produto estupefaciente desde setembro de 2020.

Este arguido foi condenado a uma pena de prisão suspensa de quatro anos e três meses.

A um outro foram aplicados cinco anos em cúmulo jurídico por tráfico de droga e posse ilegal de munições.

Dos 12, quatro estavam a cumprir prisão preventiva e todos saíram hoje em liberdade do tribunal.

 Até ao trânsito em julgado do acórdão todos os arguidos têm que se apresentar uma vez por semana às autoridades e estão proibidos, por qualquer meio, de contactar com pessoas conotadas com o consumo ou venda de droga.

 A investigação da GNR decorria desde novembro de 2020 e culminou em abril do ano passado, altura em que os militares deram cumprimento a 12 mandados de detenção e realizaram 22 buscas, 10 domiciliárias e 12 em viaturas, nas freguesias de Mateus, Parada de Cunhos e Mouçós, no concelho de Vila Real, e em Vila Pouca de Aguiar.

No decorrer da operação foram apreendidas diversas quantidades de estupefaciente, como cocaína e heroína, bem como dinheiro, vários artigos em ouro (pulseiras, cordões, libras, brincos, anéis e alianças), os veículos automóveis usados no transporte de estupefaciente e armas.

O tribunal decidiu devolver aos arguidos as peças em ouro e alguns veículos apreendidos durante a operação policial e deu como perdidos a favor do Estado a droga, armas e munições, bem como três veículos e o dinheiro apreendidos.

A sala de audiência encheu para este julgamento, tendo-se verificado um reforço policial no tribunal.



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