A escola EB 2,3 Augusto Moreno, em Bragança, vai liderar um processo de integração de alunos na comunidade escolar, que deverá começar a funcionar dentro de um mês e meio.

Mas, apesar do prazo ser curto, nem a escola, nem a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) sabem quantos alunos vão ser beneficiados pelo projecto, nem que espaço físico é necessário para acolher a nova ou as novas turmas.
Certezas, apenas a de que a escola vai coordenar um projecto que, a partir do próximo ano lectivo, será incluído no Programa de Integração, Educação e Formação (PIEF). Antes disso, os novos alunos começarão a ser integrados na comunidade escolar. "Com a participação do corpo docente e pais, a escola trará, ainda este ano lectivo, os membros da comunidade educativa que dela têm andado afastados", garantiu o director regional de Educação, Lino Ferreira, numa reunião que decorreu à porta fechada na passada sexta-feira, na escola Augusto Moreno. O encontro contou com a participação da DREN, CAE, Conselho Executivo da escola, Associação de Pais, Câmara Municipal, Pastoral dos Ciganos e coordenação do PIEF.
Aparentemente, a solução encontrada foi consensual, até porque nenhum dos presentes contestou as soluções apresentadas por Lino Ferreira aos jornalistas.
Mas, existem questões que ficaram por responder, tais como a necessidade de espaço físico, o principal argumento da Associação de Pais para rejeitar a integração de uma grupo de cerca de 20 alunos considerados problemáticos, anunciada no início de Dezembro.
Para Lino Ferreira, "primeiro é preciso ver o que é que os alunos vão fazer e depois ver que tipo de espaço físico é necessário". De qualquer forma, o responsável garante que não será por falta de espaço que as crianças e jovens de Bragança não hão-de ter formação. "Se não houver espaço físico, criar-se-á. Se não houver nesta escola, haverá noutra escola", salientou Lino Ferreira, deixando uma porta aberta para a integração noutros estabelecimentos da cidade.
E, se o PIEF decorrer apenas na escola Augusto Moreno, "o espaço físico pode conseguir-se através de uma outra organização, mesmo sem mexer nos horários que estão feitos", frisou o director regional.
Para definir estas questões, a escola vai proceder ao levantamento dos alunos que têm andado afastados da comunidade educativa, já que a polémica lista que gerou a contestação da Associação de Pais poderá estar desactualizada. "Não há ninguém que tenha o levantamento das crianças que têm andado afastadas da escola. Houve confusão a partir de listas que foram feitas a partir de listas antigas", reconhece o responsável.
Para dar resposta às novas necessidades, Lino Ferreira garantiu total apoio da DREN em termos de recursos humanos e material didáctico.
Quanto à imagem de xenofobia que passou durante o pico dos protestos dos pais, em especial depois da reunião realizada na noite do passado dia 3 de Dezembro, o responsável da DREN apontou o dedo à comunicação social. "Não vislumbrei, em momento algum, quer da parte dos pais, quer dos professores que integram órgãos da escola, algum momento mais próximo da xenofobia", observou o director regional.



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