Cerca de 200 empreendedores participaram na iniciativa transfronteiriça UNI+i, que ajudou a impulsionar a competitividade, a internacionalização e o volume de negócios de empresas nas regiões do Norte de Portugal e de Castela e Leão, em Espanha.

"São cerca de 200 empreendedores que participaram no projeto transfronteiriço UNI+i, centrado em jovens com potencial de criação e inovação. Este projeto foi importante, porque o seu objetivo era criar, inovar e fixar polução empreendedora no território de fronteira", disse hoje à Lusa o presidente da Associação de Municípios Ribeirinhos do Douro (AIMRD), Artur Nunes.

O projeto, concluído em dezembro passado, teve o seu início em abril de 2017, com um investimento de cerca um milhão de euros, entre fundos provenientes do INTERREG/POCTEP - Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal e a comparticipação dos parceiros portugueses e espanhóis envolvidos na iniciativa transfronteiriça.

O UNI+i foi dirigido a empresas de diferentes setores estratégicos de atividade - agroalimentar, ambiente, ciências da vida e da saúde ou tecnológico -, de forma a criar mais-valias económicas e atravessar fronteiras à conquista de novos mercados.

"Fazemos um balanço muito positivo do UNI+i, já que deu a oportunidade de envolver universidades e empreendedores para idealizar os seus projetos, o que nos permite ir mais longe neste tipo de iniciavas de cooperação entre Portugal e Espanha, tendo em vista a dinamização de todo o Douro, desde a nascente à foz", vincou Artur Nunes.

O UNI+i foi coordenado pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), juntando o Regia Douro Park - Parque de Ciência e Tecnologia de Vila Real, a Universidade do Porto, a Universidade de Salamanca, o Parque Científico de Salamanca e a AIMRD.

Para o responsável da AIMRD, o projeto terminou “cumprindo os objetivos propostos", em particular a promoção da região de Castela e Leão e do Norte de Portugal "como uma região amiga do empreendimento inovador".

"Nas atividades de apoio aos empreendedores e às empresas recém-criadas, no total, foram contabilizadas 323 horas de acompanhamento tecnológico", contabilizou a associação.

À disposição dos empreendedores foram colocados materiais didáticos, como vídeos, abordando "o desenvolvimento da massa crítica e empreendedora, tal como a motivação para empreender", frisou Artur Nunes.

Ao nível desta rede criada pela iniciativa, foi dado especial destaque ao empreendedorismo jovem.

"Há sinais de que os jovens mostram vontade em se fixar neste território através deste projetos, agora desenvolvidos, como podemos verificar em vídeos informativos por nós desenvolvidos, com exemplos muito concretos desses novos projetos”, disse o representante associativo.

O território ribeirinho do Douro, acrescentou, "tem um potencial enraizado, em que os jovens têm de olhar para o seu todo".



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