Duarte Moreno pretende ver concluído o alargamento do regadio do Azibo à zona nascente do concelho de Macedo de Cavaleiros com a construção dos blocos de Castro Roupal/Limãos e Morais/Talhas.
O presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros defendeu na manhã de sábado, dia 20 de maio, o alargamento definitivo do regadio da Albufeira do Azibo. No programa de rádio da TSF, Terra-a-Terra, transmitido da Feira da Agricultura de Trás-os-Montes, Duarte Moreno considerou essencial o alargamento para a margem esquerda da Albufeira do Azibo com a construção dos blocos de Castro Roupal/Limãos e Morais/Talhas.
“O Governo tem agora de deixar de olhar só para o Alentejo, nomeadamente, o Alqueva, e centrar atenções em Trás-os-Montes. O regadio do Azibo tem projetados, desde o seu início, aqueles dois blocos para a zona nascente que são determinantes para o futuro da agricultura na nossa região”, defendeu o edil macedense, reiterando que “todos os governos têm conhecido esta nossa reivindicação”. “Desde sempre temos defendido e procurado sensibilizar a tutela para isto e, se alguma vez houve, não há mais razões para excluírem o Aproveitamento Hidroagrícola de Macedo de Cavaleiros dos planos de crescimento da Agricultura no nosso país”, explicou Duarte Moreno.
O regadio de Macedo de Cavaleiros com construção iniciada em 1979 e concluída em 1983, foi projetado para beneficiar uma área de cerca de 5300 hectares a partir da Albufeira do Azibo. No entanto, continua sem ter concluídos, apesar de já projetados, cerca de 2300 hectares na zona nascente do concelho.
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Já no domingo, o Diário de Trás-os-Montes esteve, também, em Macedo de Cavaleiros, em plena Feira da Agricultura de Trás-os-Montes, onde falou com o vice-presidente do município sobre esta questão do regadio. “Será sempre uma reivindicação nossa junto dos Governos, sejam eles quais forem, em que nós vamos insistir e vamos lutar para que o plano de rega do Azibo seja uma realidade”, começou por asseverar Carlos Barroso, acrescentando que o projeto “já existe há quase 40 anos e, já na altura, era altamente inovador”. De acordo com o vice-presidente, “o concelho de Macedo de Cavaleiros de 2011 para 2015 aumentou as suas exportações de dois para oito milhões e grande parte desse valor deve-se à atividade agrícola. Agora, com água seriam, certamente, 16 milhões”.
“Hoje, existe o rejuvenescimento do nosso setor agrícola e gente aberta para as novas tecnologias. O Governo que veja os resultados do Alqueva, que é um sucesso no país, e nós em Trás-os-Montes também queremos que se conclua o plano de regadio da região e o do Azibo é importantíssimo para Macedo de Cavaleiros”, sustentou Carlos Barroso, que acredita este projeto de rega provocará “um forte incremento da economia, não só da agricultura, pois sendo um vetor de desenvolvimento, uma âncora, permitirá o crescimento de outras atividades no concelho”.
“Quem pode investir nos regadios públicos é o Governo, já que os municípios não têm capacidade financeira para o fazer, mas seremos nós o lobby e a força que irá conseguir transformar esta reivindicação antiga em realidade”, concluiu o vice-presidente macedense, garantindo que se as verbas estivessem, hoje, disponíveis, o Plano de Regadio do Azibo estaria concluído no espaço de um ano, ano e meio.
Galeria fotográfica da Feira da Agricultura de Trás-os-Montes em: http://www.diariodetrasosmontes.com/fotogaleria/macedo-feira-da-agricultura