A futura auto-estrada transmontana vai ocupar cerca de 80 por cento do actual traçado do IP4. Segundo os estudos prévios, apenas 18 por cento do traçado, entre Vila Real e Quintanilha, será inteiramente novo. Está previsto um aproveitamento dos melhores locais.
O engenheiro responsável pelos estudos, António Teixeira, considera que seria uma má opção não aproveitar o actual IP, justificando que a via tem boas condições entre Vila Real e Bragança. A excepção é o troço entre o nó da Amendoeira (Macedo de Cavaleiros) e o Romeu (Mirandela), considerado um ponto negro por lá terem ocorrido vários acidentes de gravidade elevada. Este troço deverá ser corrigido. A ausência de um separador central é a grande falha do IP4. \"Tão boa é a estrada que permite grandes velocidades, e por isso acontecem acidentes, também porque não dispõe de um separador central\" explicou o projectista.
A futura auto-estrada vai ter um separador central de três metros. Estão previstas algumas alterações e correcções ao actual perfil nenhuma curva vai ter um ângulo inferior a 700 metros e a inclinação máxima será de 5,2 por cento. Todos os cruzamentos vão ser desnivelados e estão previstos 24 nós de acesso no percurso de 132 quilómetros.
O projecto do IP4 entre Vila Real e Quintanilha está em fase de consulta pública da Avaliação de Impacte Ambiental até 2 de Agosto. Os estudos apresentados agradam ao presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes, uma vez que algumas das ambições da autarquia foram projectadas, nomeadamente um nó de cesso de acesso à zona industrial de Bragança, em Mós.
A estrada contornará Bragança pelo Sul, com um nó de acesso entre Samil e São Pedro. O concurso público de concessão deverá ser aberto no primeiro trimestre de 2008, as obras deverão avançar em 2010 e em 2012 a auto-estrada deve ser aberta ao público.