Castedo do Douro recebeu apresentação do último livro de António Cabral. «A Tentação de Santo Antão» foi galardoado com o prémio nacional de poesia «Fernão de Magalhães Gonçalves» e foi apresentado no Centro Cultural e Recreativo daquela localidade perante familiares e amigos.
Era conhecido o amor que António Cabral sentia pela sua terra e pelas suas gentes. Por esse motivo, a editora Tartaruga decidiu, com total aprovação da família e do Centro Cultural e Recreativo de Castedo do Douro, apresentar esta obra póstuma na terra que viu nascer um dos maiores poetas que catou o Douro.
A apresentação da obra esteve a cargo da Doutora Maria da Assunção Morais Monteiro, professora da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Esta docente começou por elogiar a genialidade poética de António Cabral, bem como a rigorosa, subtil e riqueza vocabular dos seus textos.
Continuou afirmando, que como homem duriense, ligado a este espaço geográfico, às suas gentes e cultura, a apresentação em Castedo do Douro teve toda a lógica, estando certa que contaria com a aprovação do autor.
A docente fez referência à mensagem que a esposa dedicou no prefácio do livro a António Cabral. O tratamento carinhoso com que este texto foi escrito e a comparação das filhas com a vinha, são comparações preciosas para o homem duriese.
Continuou, afirmando que a obra de António Cabral está virada para a terra e para o homem que a cultiva, revelando os problemas sociais do Douro e que, de certa forma, são universais.
O posfácio foi escrito pelo amigo do autor, Padre Manuel Alves, que o próprio leu visivelmente emocionado, recordando a juventude de ambos, os seus estudos e as ideias que defendiam.
Finalmente tomou a palavra a viúva de António Cabral. Agradecendo a todos os presentes, afirmou estar certa de que, onde quer que esteja o seu marido, certamente estará muito contente por estes estarem a assistirem a mais um lançamento de uma obra sua e por ter brindado a população de Castedo do Douro com este livro.
Agradeceu também à Editora Tartaruga e a CCRC de Castedo pela organização da homenagem e pelo prémio nacional de poesia atribuído e terminou afirmando que, tal como santo Antão, António Cabral foi sempre fiel aos seus princípios e ideais.