O dono de um bar de Valpaços foi alvejado com quatro tiros, este sábado, em circunstâncias misteriosas. O homem que o levou ao hospital foi «apanhar ar» e fugiu. Suspeitas recaíram sobre os últimos clientes, mas nada está claro.
Depois de ser assistida no Hospital de Chaves, a vítima, Carlos Oliveira, de 51 anos, foi transferida para o Hospital de S. João, no Porto. Já não correrá perigo de vida, mas terá seriamente um olho seriamente ferido.
Quanto às circunstâncias em que terá sido alvejado, durante a madrugada, há ainda muitas dúvidas. No entanto, ao que o JN conseguiu apurar, a Polícia Judiciária já terá, pelo menos, três pessoas para inquirir como eventuais suspeitos. Trata-se dos últimos três clientes do bar, a quem, presume-se, Carlos Oliveira, que residia na aldeia de Lagoas, terá dado boleia. Os depoimentos destes três clientes poderão ser determinantes para o esclarecimento do caso.
O tiroteio terá acontecido à saída da aldeia do Pinhal, onde residirá um dos suspeitos, para Santa Valha, a terra de outro dos alegados envolvidos. No local, seria ainda visível uma poça de sangue.
No entanto, ao que foi possível apurar, no Hospital, em Chaves, a vítima terá referido o nome de outra aldeia, Possacos. Quanto ao que lhe tinha acontecido terá dito que não se lembrava de nada.
O homem que o levou até ao hospital, e que o trataria pelo nome, desapareceu depois de ter dito que \"ia apanhar ar\". Teria cerca de 30 anos, segundo o relato de funcionários do Hospital que o viram e está a ser procurado pelas autoridades.
O carro da vítima, um BMW série 5, foi encontrado em Santa Valha na casa da irmã de um dos suspeitos.
A vítima, Carlos Oliveira, natural de Lamego, é casado e tem duas filhas. Explorava o \"Blues Bar\" há alguns anos, desde que regressara do estrangeiro. Em Valpaços, onde casou, é tido como uma pessoa \"muito calma\" e \"educada\".