Quatro chefes de equipa do serviço de urgência do hospital de Chaves colocaram, quarta-feira, o lugar à disposição em protesto contra o que alegam ser uma «degradação do serviço de urgência devido à diminuição dos recursos humanos».

Carlos Vaz, presidente do CHTMAD - que junta os hospitais de Vila Real, Peso da Régua, Chaves e Lamego - afirmou hoje em declarações à agência Lusa que \"não houve redução de efectivos na unidade de Chaves\".
\"As equipas que estão hoje em Chaves são as mesmas que estavam em 2007\", salientou.

Segundo o responsável, naquele hospital apenas se verificou uma \"falha de clínicos gerais nalguns dias por motivo de doença\".
Ou seja, segundo explicou, dos clínicos gerais ou \"tarefeiros\" contratados para a triagem de Manchester, houve um que faltou ao serviço, não tendo sido possível substituí-lo de imediato.

O serviço de urgência médico-cirúrgica do Hospital de Chaves funciona com seis médicos especialistas (cirurgia, medicina interna, ortopedia e pediatria) mais dois clínicos gerais em permanência.

Carlos Vaz referiu que o centro hospitalar tem sempre profissionais disponíveis para avançar em caso de doença ou falha e que o problema que ocorreu em Chaves vai ser resolvido.

Do total de médicos que trabalham em Chaves, 60 por cento são espanhóis.
Entre Janeiro e Julho, foram assistidos menos 1,3 por cento de utentes na urgência de Chaves do que em igual período do ano passado.

Na unidade de Vila Real, o número geral de urgências subiu 21 por cento comparativamente a igual período de 2007.
No mesmo período em análise, Chaves aumentou a produção de tratamento de doentes em mais 20 por cento no bloco operatório, mais 10 por cento na consulta externa, mais 80 por cento no hospital de dia e mais 13 por cento em hemodiálise.

Num comunicado divulgado quarta-feira, o Partido Comunista Português alertava para o \"esvaziamento\" do Hospital de Chaves e citando alegadas \"estatísticas internas\" do centro hospitalar, referia a diminuição de \"34 profissionais em Chaves e o aumento de 44 profissionais da unidade de Vila Real/Peso da Régua\".

Carlos Vaz sustentou que os números divulgados pelo PCP \"não correspondem à verdade\".

Admitiu, no entanto, que foi necessário contratar pessoal para o Centro Oncológico \"que vai servir toda a região\" de Trás-os-Montes e Alto Douro e que foi inaugurado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, em Julho.

Referiu ainda a contratação de médicos, enfermeiros e auxiliares para a unidade de convalescença de Vila Pouca de Aguiar, que passou a ser da responsabilidade do CHTMAD.



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