Uma avaria telefónica silenciou hoje o 112 em Bragança, deixando a população sem número de emergência numa manhã de inundações devido ao mau tempo, disse à Lusa fonte da Protecção Civil.
De acordo com o comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS), Melo Gomes, a avaria atingiu toda a parte alta da cidade onde estão localizadas as forças de segurança e os bombeiros.
A linha do 112 funciona precisamente no comando da PSP, que não tem comunicações telefónicas à semelhança do que sucede com todos os serviços da GNR, incluindo a Brigada de Trânsito e a corporação de Bombeiros.
O comandante dos bombeiros, José Fernandes disse à Lusa que a avaria ocorreu por volta das «cinco, seis da manhã».
«Logo hoje, que tem sido um pandemónio», afirmou o comandante, numa alusão às solicitações para várias ocorrências, sobretudo inundações provocadas pela chuva das última horas.
O comandante disse que «as pessoas têm-se deslocado ao quartel a pedir a ajuda dos bombeiros ou ligam para os números de telemóveis, quando têm conhecimento deles».
O comandante dos bombeiros disse à Lusa cerca das 12:45 que a avaria foi de imediato comunicada à PT, mas que até essa altura ainda prosseguia.
«Até ao momento ainda ninguém informou sobre o que se está a passar ou adiantou previsões para a resolução», disse.
Apesar de o 112 ser o número mais conhecido das populações para casos de emergência, o comandante do CDOS acredita que «as pessoas conhecem o 117», um número criado para os incêndios florestais, mas que aquele responsável garantiu estar a ser «bastante solicitado para as ocorrências do mau tempo».
Segundo disse, «a situação no Distrito de Bragança é considerada normal para a época», apesar das inundações que ocorreram nas últimas horas e que provocaram abatimentos de terras e alagaram algumas casas.
A situação mais crítica ocorreu no concelho de Vila Flor, onde além de uma casa e lojas comerciais alagas, o desabamento de um muro danificou duas viaturas e há registo de prejuízos em terrenos agrícolas.