O embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro, pediu hoje a clarificação “cabal” das circunstâncias da morte de um estudante cabo-verdiano após ferimentos graves sofridos numa agressão em Bragança, em 21 de dezembro.

Em comunicado, a Embaixada de Cabo de Verde em Portugal refere que Eurico Monteiro está a “acompanhar de perto as investigações e os seus desenvolvimentos”, com vista a “clarificar-se de forma cabal as circunstâncias da morte e determinar-se as eventuais responsabilidades”.

No dia 21 de dezembro passado, o estudante cabo-verdiano do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) Luís Giovani dos Santos Rodrigues terá sido agredido em Bragança.

Transportado para o Hospital de Santo António, no Porto, o jovem estudante, de 21 anos, acabou por morrer no dia 31 de dezembro, segundo o comunicado da Embaixada de Cabo Verde em Lisboa.

O comunicado refere que a Embaixada entrou em contacto com o Comando de Bragança da Polícia de Segurança Pública (PSP) “para recolher informações, que lhe foram prontamente prestadas, com as limitações compreensíveis na circunstância”.

“O processo foi encaminhado à Polícia Judiciária para o competente tratamento. Foi ordenada também a realização da autópsia para se conhecer com precisão a causa da morte”, esclarece ainda a Embaixada, que sublinha estar a apoiar a família da vítima.

“O embaixador falou com o senhor secretário de Estado do Ensino Superior de Portugal, Prof. Sobrinho Teixeira, a este propósito, tendo recebido deste votos de pesar pela ocorrência”, lê-se.

Luís Giovani era natural da ilha cabo-verdiana do Fogo, tendo o município de Mosteiros publicado uma nota sobre a sua morte, recordando que tinha viajado em outubro para Bragança, “para seguir o curso de Design de Jogos Digitais” no IPB.

“Giovani era um dos mais promissores artistas de Mosteiros, tendo-se destacado na banda Beatz Boys, um grupo integrado por jovens formados pela paróquia de Nossa Senhora da Ajuda e artistas oriundos do agrupamento De Martins”, lê-se na mesma mensagem da Câmara Municipal dos Mosteiros.

A população de de Bragança tem-se manifestado nas redes sociais revoltada com esta esta situação, e exige rápido esclarecimento e punição para os agressores, este crime põe em causa o bom nome da cidade e na excelente capacidade de intregação e acolhimento por todos reconhecidos aos longo dos tempos. 

Há quem não se canse de dizer #CHEGA - sim, chega, mas não o "tal" ; chega de barbaridades destas - e como já o disse em outros espaços - ISTO NÃO É A NOSSA BRAGANÇA." e "É uma tragédia e eu como brigantino não vejo a aceitar situações destas. A justiça terá que ser célere mais nada.", são algumas dos comentarios que se podem ler.

De facto ninguém fica indiferente ao que aconteceu "Bragança uma cidade tão tranquila que recebe tão bem os seus estudantes estrangeiros.... estou estupfacta" diz a Virginia, "Isto não é a "minha" cidade de Bragança.... um jovem perder a vida assim desta forma e numa terra pacata...Seja feita justiça e o(s) criminoso(s) apanhado e levado à justiça." diz Jorge Teixeira.

Henrique R, um jovem de Bragança, resume desta forma o sentimento de toda a população "Não estava lá, não vi, não sei o aconteceu, nem quem foram os intervenientes... no entanto, sei que foi um acto de puro terrorismo e de total covardia... sei tb que ainda n há respostas e que não me reconheço nesta minha cidade que tanto valorizo pelo ambiente acolhedor, de tolerância, de aceitação que tem vindo a demonstrar nas últimas décadas",

Foto: DR



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