O FMI não alinha com os que aligeiram os riscos para Portugal da saída de jovens do País à procura de melhores oportunidades.

Elogiando em toda a linha a actuação do Governo, nas reformas estruturais e nas políticas de austeridade que vêm sendo adoptadas, as equipas do FMI consideram que um dos riscos mais graves na actual conjuntura, especialmente se a recuperação for lenta, é a perda de mão-de-obra jovem qualificada. Essas saídas podem não ser reversíveis, avisam os técnicos da instituição.

«Um risco de médio longo prazo que Portugal enfrenta é de o crescimento recuperar de forma demasiado lenta para ter impacto significativo no elevado desemprego», lê-se num comunicado divulgado há minutos, onde o FMI sintetiza as conclusões da análise regular ao País ao abrigo do artigo IV.

Se assim for, continuam, tal poderá “espoletar a emigração de trabalhadores jovens, bem educados que poderá ser difícil de reverter”.

No último ano o Governo introduziu por várias vezes no discurso público as vantagens e oportunidades colocadas pela emigração, um tema que gerou sistematicamente debate.

Além das reformas em curso, o FMI avisa ainda para a necessidade do País melhorar os seus níveis de educação. “Num horizonte mais longo, Portugal precisa de fazer mais progressos no obstáculos mais profundos ao crescimento, como os baixos níveis de educação em comparação com os seus parceiros comerciais e concorrentes”, lê-se na nota divulgada à imprensa.



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