António Cravo e a sua filha, Paula Gonçalves, são dois entre os quatro nomes de autores transmontanos que subscrevem algumas das poesias que integram a antologia poética que foi apresentada no Consulado de Portugal em Paris, em meados do mês passado.

Os outros dois nomes são Olga Diegues e Teófilo Afonso. Mas são 20 os autores que participaram na dita obra. António Cravo, além de ter colaborado na revisão e estruturação do livro, fez a apresentação do mesmo, referindo que via os que nele participaram “como plantas de uma floresta de poesia, tomando várias dimensões verticais no seu alinhamento horizontal”.

O poeta macedense explica que a iniciativa partiu de uma ideia lançada a partir do programa “Quimera da Noite”, da rádio Alfa de Paris, que reunia vários amantes da poesia em serões semanais.

Depois da criação do “Círculo dos Poetas Lusófonos de Paris”, o coordenador do programa, Ricardo Botas, lançou aos participantes, nos serões, o repto para a edição de uma antologia. O objectivo então traçado foi tornar a obra extensiva a todos os “poetas do mundo lusófono” residentes em França.

Segundo o responsável, aquela obra foi a “segunda antologia de base a ser editada”. A primeira, “Vozes dos Emigrantes”, da autoria de António Cravo e Rebelo Heitor, tinha sido publicada há 20 anos.

A nova antologia nasce “dentro, quase, das mesmas gerações, exprimindo vivências também de novos tempos, mas nos mesmos espaços, dando-nos visões sociológicas e antropológicas com conteúdos diferentes, embora nas mesmas línguas – português e francês – e em formas poéticas muito próximas”.



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