A Symington Family Estates (SFE) vai investir cinco milhões de euros, até 2012, para refazer as vinhas e as adegas da Cockburn, adquiridas recentemente à empresa norte-americana Beam Global.

\"Temos um horizonte largo, não estamos com pressa e temos uma aposta muito forte nos vinhos de qualidade\", referiu um dos membros da família e director-adjunto da produtora de Vinho do Porto Symington Familiy Estates (SFE). Para Rupert Symington, uma das vantagens de ser uma empresa familiar é o facto de se conseguir transmitir conhecimento de geração em geração desde muito cedo e de ter sempre uma visão \"de longo prazo\".

O sector fechou as contas de 2006 com um volume de 10,72 milhões de caixas de 9 litros, o que representou uma queda de 2%, mas para o responsável esta situação \"não é nada de preocupante\". Os maiores mercados continuam a ser a França (2,8 milhões de caixas vendidas), com 28%, seguido de Portugal, com 14% e da Holanda, ligeiramente atrás devido a uma guerra de preços, seguido ainda da Bélgica e da Inglaterra.

\"Os cinco mercados principais representam, por isso, cerca de 80% do volume total do produto, o que nos torna numa posição bastante vulnerável, porque, na maior parte destes mercados, cerca de 70% do Vinho do Porto é distribuído pelas grandes cadeias de supermercados\", disse. China e Brasil são mercados com grande potencial. Criada em 1882, a Symington enfrenta um novo desafio, o da integração dos activos da Cockburn, recentemente adquiridos aos norte-americanos da Beam Global.

Com esta aquisição, a empresa portuguesa de Vinho do Porto conseguiu duplicar a sua propriedade em termos de vinhas, passando agora a deter três milhões de videiras e 950 hectares de terreno plantado com vinha de letra A (categoria superior). Estas uvas abastecerão a marca Cockburn, mas também as marcas propriedade da Symington, como a Grahams e a Dows.



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