As viaturas de dois empresários portugueses foram alvo de atentados na Córsega na noite de sexta-feira para sábado, mas não se registaram vítimas, confirmou hoje a agência Lusa junto de várias fontes.

As explosões tiveram lugar no sul da Córsega, a primeira na cidade de Propriano e a segunda a 15 quilómetros desta cidade, na localidade de Casalabriva.

As duas explosões ocorreram cerca das 2:00 da madrugada de sábado e com apenas alguns minutos de diferença.

Os atentados, que não foram reivindicados, não causaram qualquer vítima, havendo apenas danos materiais nas viaturas dos dois empresários, em alguns veículos estacionados em redor e vidros estilhaçados de algumas lojas e residências.

De acordo com fonte próxima do processo, o racismo é uma hipótese excluída pela polícia, apesar dos vários atentados registados nos últimos meses contra a população magrebina na ilha francesa.

A mesma opinião é partilhada pelo cônsul português em Marselha, Manuel Pracana Martins, que afirma estar a acompanhar o assunto.

Os alvos foram dois empresários portugueses da área da construção civil estabelecidos na Córsega há cerca de 30 anos.

A polícia admite que estejam em causa rivalidades económicas, mas não adiantam qualquer certeza sobre os autores ou o motivo dos ataques.

Há dois anos, alguns construtores portugueses foram também alvo de atentados nesta região da Córsega por questões económicas.

Considerada bem integrada pelas autoridades locais, a comunidade portuguesa na Córsega aumentou consideravelmente, estimando- se que aí residam entre 10 mil e 12 mil portugueses, mas dos quais apenas 6.000 estão registados no consulado de Marselha, no continente francês.

Recentemente, o governo português aprovou a criação de um escritório consular na ilha, cuja abertura está prevista para o ano 2005.



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