A Associação dos Empresários Turísticos do Douro e Trás-os-Montes (AETUR) celebra o 15.º aniversário com um tributo a instituições, empresas e pessoas que ajudaram a desenvolver o turismo e a projetar internacionalmente este território.

A festa de aniversário realiza-se no domingo, no Peso da Régua, com uma gala de homenagem a 15 pessoas, empresas, eventos, instituições e associações, ligadas a diferentes áreas, que ajudaram a AETUR e a região ao longo destes 15 anos, e conta com a presença de Célia Ramos Secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza,

Entre os homenageados estão a Fundação Museu do Douro, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), o escultor José Rodrigues, a Quinta da Casa Amarela, a Lusa -- Agência de Notícias de Portugal e a Associação da Região do Douro para Apoio a Deficientes (ARDAD).

"O turismo efetivamente hoje é uma atividade incontornável na região", afirmou à agência Lusa o fundador e secretário-geral da AETUR, Alberto Tapada.
O responsável salientou que estes anos foram de "muito trabalho e de grande resistência às sucessivas adversidades", no entanto, frisou que a associação ajudou a transformar o turismo "numa atividade relevante para o interior".

Foi também há 15 anos que o Alto Douro Vinhateiro foi classificado como Património Mundial da UNESCO (dezembro de 2001), uma distinção que deu notoriedade ao território.
Hoje, há mais turistas a cruzar o Douro, há mais alojamento, como hotéis ou unidades de enoturismo, e, segundo Alberto Tapada "foi feito um grande esforço na qualificação".
Durante este período, a AETUR esteve envolvida em vários projetos como a candidatura do Douro a Maravilha da Natureza, que deixou o território entre as 77 maravilhas mundiais da natureza, e foi ainda membro fundador do Douro Film Harvest.

A associação, que tem sede em Vila Real e possui atualmente 145 associados, promoveu ainda projetos de internacionalização como o "Douro -- Estrela" e "Há um rio que começa no Douro e termina no Brasil" que ajudaram a promover o território e a concretizar negócios respetivamente nos Estados Unidos da América e no Brasil.
Este ano vai arrancar o novo projeto "o Douro à volta do mundo", cuja candidatura já foi aprovada, que visa promover a atividade económica e de base turística, associando componentes como os vinhos, a paisagem e a cultura.

Esta iniciativa quer acompanhar "gradualmente aquilo que foi a viagem de circum-navegação de Fernão Magalhães" e tem já iniciativas previstas para São Paulo (Brasil) e Buenos Aires (Argentina).

Alberto Tapada salientou ainda que foi também submetida uma outra candidatura que visa a implementação de um projeto de internacionalização do Norte do país, que tem como objetivo alavancar o turismo e a economia a partir da temática da natureza.

"Vamos procurar ligar todo este território e criar rotas que aglutinem o Douro, Trás-os-Montes, Minho e grande Porto, formatando um produto turístico adequado para os mercados externos", explicou.

O dirigente frisou que o turismo de natureza tem tido crescimentos internacionais na ordem dos 7% e pode ajudar a combater a sazonalidade em territórios como o Douro, que se enche de visitantes entre os meses de maio e outubro e depois de esvazia. Um exemplo das atividades a desenvolver é a observação de aves.
"Podemos captar para as épocas mais baixas visitantes especializados, com poder de compra acrescido", salientou.
Lusa



PARTILHAR:

Museu leva música clássica às crianças das aldeias

Bragança Dança Festival a 30 de abril