Para aprofundar o conhecimento científico sobre a História da Linguística, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) foi palco de dois colóquios internacionais, entre os dias 4 e 9 de setembro, que reuniram investigadores de dezenas de países.
Estes colóquios foram co-organizados por duas associações científicas dedicadas à História da Linguística, uma do Reino Unido (a Henry Sweet Society for the History of Linguistic Idea - HSS) e outra da Alemanha (a Studienkreis ‘Geschichte der Sprachwissenschaft’ - SGdS).
O primeiro colóquio, que ocorreu entre os dias 4 e 6, sob o tema “O que se considera científico na história da linguística?” teve a participação de investigadores de Portugal, Reino Unido, Estados Unidos da América, Canadá, Brasil, Argentina, Austrália, China, Coreia do Sul, Botswana, Moçambique, Geórgia, Ucrânia, Finlândia, Dinamarca, Alemanha, Áustria, Países Baixos, Bélgica, Polónia, Roménia, Suíça. Malta, França, Itália e Espanha. Nele destacou-se a conferência plenária da Professora Anneli Luhtala (Universidade de Helsínquia Finlândia), sobre a “A gramática como arte racional e como ciência aristotélica”. Também a presença da Professora Nicola McLelland, Chair da Henry Sweet Society, e a sua participação com a conferência sobre o “Ensino e aprendizagem das línguas no século XVIII: arte e/ou ciência?”, e ainda a conferência do Professor John Joseph (Universidade de Edinburgh, Escócia), sobre “Ferdinand de Saussure, o pós-estruturalista”, foram marcantes e trouxeram elementos científicos novos.
Por sua vez, o segundo colóquio, que decorreu entre os dias 7 e 9 de setembro, dedicado ao tema “Polémicas na história da linguística”, contou com a participação de investigadores da Alemanha, Áustria, Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Suíça, França, Bélgica, Dinamarca, Áustria, Ucrânia, Finlândia, Geórgia, República Checa, Suíça, Países Baixos, Reino Unido, Unidos da América, Argentina, Coreia do Sul e Moçambique. Nele destacaram-se as conferências dos Professores e Investigadores Bernhard Hurch (da Universidade de Graz, Áustria), sobre “Hugo Schuchardt como foneticista experimental”, Gerda Haßler (Universidade de Potsdam, Alemanha), sobre “Polémica, mudança, omissão: Padrões de receção da teoria linguística de Condillac na Europa” e de Hans Basbøll (Universidade da Dinamarca do Sul), sobre “Fonologia generativa contra o ‘estruturalismo’: controvérsias na Dinamarca (e na Suécia)”.
Na opinião dos organizadores, ambos os colóquios internacionais foram um sucesso e com uma qualidade científica muito acima da média. Os investigadores estrangeiros, para além da sua participação enquanto oradores, ainda tiveram a oportunidade de conhecer a região, com uma visita ao Douro, Património da Humanidade, ficando “embaixadores” na só da UTAD, mas também da região de Trás-os-Montes.