O Centro Hospitalar do Nordeste Transmontano (CHNE) possuiu a única unidade de tratamento e reabilitação de doentes do foro psiquiátrico da região. Inaugurada em 2002, a unidade tem actualmente 30 doentes, mas tem capacidade para 60. O que poderá ser útil visto que as doenças mentais estão a aumentar, devido a situações de isolamento e abandono.
Em breve a Unidade de Doentes de Evolução Prolongada (UDEP) de Bragança poderá passar a receber mulheres, porque está preparada em termos logísticos. Para já não está internada nenhuma \"porque não foram encaminhadas pelos médicos, não houve nenhum pedido ou indicação para recebermos mulheres\", referiu Cláudia Miranda, vogal do conselho de Administração do CHNE. As doentes estão, por ora, internadas na Unidade de Agudos no hospital de Bragança. No entanto, aparecem mais casos de homens com necessidade de internamento prolongado, \"porque são mais violentos\", explicou aquela responsável.
Na UDEP está a apostar-se na reabilitação laboral dos doentes, nomeadamente na área da estampagem, com o objectivo de estimular os utentes para o trabalho e posterior inserção no mercado profissional. Actualmente, dois doentes estão inseridos numa unidade de vida autónoma que tem capacidade para receber oito. Nesta valência os utentes vivem sozinhos, mas sempre monitorizados pelos serviços de Saúde.
Muitos dos projectos são de cariz transfronteiriço, tal como feiras e desafios de futebol, cuja realização é alternada em Bragança e Zamora.
O próprio investimento realizado na unidade, cerca de três milhões de euros, provém de fundos do Interreg.
De referir que na apresentação deste projecto, onde estavam presentes elementos de ambos os Países, o actual Director se sentiu diminuido e despeitado por não ter sido convidado para a mesa, lugar a que tinha direito por ser ele o director da instituição à cerca de 30 anos, chamando de «garotada» à organização, ficando o ambiente de cortar à faca na presença de inumeros convidados.