Depois da interrupção no serviço devido a problemas financeiros da antiga concessionária da carreira aérea entre Trás-os-Montes e Lisboa, a directora executiva da Aeronorte, empresa que negociou com o governo a adjudicação directa do serviço enquanto decorre o concurso, Leana Ribeiro faz um balanço «muito positivo\" dos primeiros dois meses e meio de contrato.

Jornal de Notícias - Quantos passageiros já viajaram desde que foi retomada a ligação?

Leana Ribeiro - Entre 1 de Maio e 15 de Julho, transportámos um total de 2.158 passageiros, sendo que 1.143 viajaram entre Bragança e Lisboa e 1.015 entre Vila Real e Lisboa. Tendo em conta que a rota esteve suspensa entre Março e Abril, estamos perante números \"muito positivos\".

Qual a taxa média de ocupação das aeronaves?

A taxa de ocupação média atinge quase os 70%, o que representa um claro sintoma da necessidade das populações do Interior Norte de uma ligação rápida a Lisboa.

Há perspectivas de crescimento?

Sem dúvida que temos outros projectos em carteira. Estamos a estudar, também, acordos de parceria com grupos económicos, nomeadamente a nível turístico da região que possam trazer mais valor acrescentado.

Mantém-se a intenção de promover também viagens ao fim-de-semana?

Já temos sido contactados nesse sentido. Mas temos uma filosofia empresarial que assenta num pressuposto: só avançamos quando o projecto está sólido e estruturado.

Têm sido feitos inquéritos de satisfação aos clientes. Quais os resultados?

Os inquéritos de satisfação dos clientes demonstram a preocupação que temos com a qualidade do serviço e com aquilo que os clientes pensam do serviço que lhes oferecemos. Aguardamos a qualquer momento ter resultados dessa auscultação.

Quais são as principais vantagens destas ligações?

A Aeronorte está a prestar um verdadeiro serviço público. Os passageiros/clientes que transportamos estão satisfeitos com a retoma desta ligação, que lhes permite chegar em 1.30 h a Lisboa e um custo inferior ao de automóvel, no qual demorariam 6 horas. Para além disso, o voo é muito bonito. Sem querer atribuir menos importância, este não é o nosso \"core business\". Estamos a apostar e a investir muito na aviação executiva. Já adquirimos novos aviões, um dos quais vamos apresentar em Outubro e estamos a expandir as nossas rotas para os mais variados destinos mundiais, sempre aliando a ambição empresarial à necessidade de prestar um serviço de qualidade: seguro, confortável e com discrição, a um preço competitivo.



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