Polícia continua sem explicar o desaparecimento do taxista ocorrido a 11 de Março. Familiares terão alertado as autoridades tarde de mais
Continua envolto em mistério o desaparecimento do taxista Armindo dos Santos Ribeiro, 69 anos, que se ausentou de sua casa em Ramalhão, Vila Real, pelas 4:00 da manhã de 11 de Março.
Segundo a mulher, Maria da Conceição Cabral, de 68 anos, sem notícias do marido desde esse dia, Armindo dos Santos Ribeiro terá dito que não tinha sono e que ia até à cidade de Vila Real, onde tinha praça, para ver se aparecia algum serviço. Trabalhar de madrugada era frequente e, por isso, ninguém estranhou.
O filho, Carlindo Pinto, afirmou na altura ao DN que às 9:00 de quarta-feira tentou contactar o pai para saber se seria necessário substituí-lo. Atendeu o telemóvel, mas não conversou, limitando-se a dizer: \"Vou desligar, estou muito longe.\" Carlindo Pinto adiantou ainda que uma hora depois viu o táxi do pai transitar na Avenida Carvalho Araújo, em Vila Real, com um jovem ao volante.
Questionado agora pelo DN, manteve a afirmação, rectificando, no entanto, o local onde avistou a viatura, afirmando que foi perto do Hospital de Vila Real. Questionado porque não seguiu o táxi, afirma que na altura não teve reacção para tal. Refira-se que a viatura com a chave na ignição apareceu exactamente a cerca de quinhentos metros do local onde Carlindo Pinto diz ter visto o carro do seu pai.
São estas e outras situações que fazem com que a polícia não encontre uma linha de investigação segura que possa vir a desvendar o caso. Segundo a PJde Vila Real, as investigações continuam sem nada de concreto até ao momento.
Um dos factores que começou por dificultar a investigação foi o facto de os familiares de Armindo Ribeiro apenas terem avisado as autoridades mais de 24 horas depois do desaparecimento. Foi uma das netas do taxista, Lígia, de 20 anos, que perante a apatia da avó e dos tios tomou a iniciativa de avisar a GNR.
Também o pormenor do táxi ter sido visto a circular em Vila Real no dia do desaparecimento, conduzido por um jovem, foi participado aos investigadores demasiado tarde, não dando hipóteses de qualquer investigação em relação a esta pista. As buscas feitas na altura na serra do Marão com centenas de pessoas durante três dias, baseadas no sinal do telemóvel, também não conduziram a nada