O primeiro passo para a criação de uma Escola de Negócios foi dado com o IPB, o NERBA e a CIM – TTM a assumirem o compromisso de juntos tentarem concretizar uma “necessidade” da região.
Decorreu no início da semana no Auditório do Núcleo Empresarial da Região de Bragança (NERBA) a primeira discussão ao abrigo dos Laboratórios de Participação Pública sobre Inovação Empresarial e Escola de Negócios.
Esta iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, surgiu como forma de valorizar o conhecimento do Nordeste Transmontano e contou com a colaboração do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), a Comunidade Intermunicipal – Terras Trás-os-Montes (CIM – TTM) e a Agência Nacional Ciência Viva.
“O projeto da Escola de Negócios, por acaso, foi lançado por mim e por isso vim cá defendê-lo e hoje ficou já aqui a solução quase criada, pelo menos ficou já o grupo de trabalho que vai fazer o seu planeamento. Portanto, é um avanço, é algo que necessitamos, é algo que é importante para as estruturas empresariais e acho que foi uma reunião extremamente produtiva e que mais uma vez mostrou, de fato, quando os transmontanos se juntam têm uma força muito grande”, declarou no final do debate o Secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.
Também o presidente da CIM – TTM salientou a importância deste projeto. “Esta é uma necessidade que está perfeitamente identificada. A chamada formação contínua para a vida está contratualizada em termos de apoios comunitários com a União Europeia e é algo que o Governo está a fazer muito bem, mas há uma parte da formação sénior vocacionada para os empresários na nossa região que constitui uma carência tal como ficou devidamente provado. E são exatamente essas pessoas nos dias de hoje que quanto mais conhecimento adquirem, mais necessidade têm de ter formação permanente”, afirmou Américo Pereira, destacando que, “a formação contínua para os empresários é fundamental”.
Depois de confirmada a vontade e a necessidade de uma Escola de Negócios para a região transmontana, seguir-se-á, agora, uma reunião entre as principais entidades envolvidas neste projeto: IPB, CIM – TTM e NERBA.
“Trata-se de fazer uma formação ao longo da vida aos próprios empresários da região e, portanto, dar-lhe novas ferramentas de gestão e novas capacidades de intervenção e, depois este conceito de escola irá associar em si, também, uma capacidade para gerar start-ups e daí fazer todo o sentido que o Brigantia- EcoPark esteja associado”, disse o presidente do IPB.
Para Sobrinho Teixeira, não se irá criar uma Escola na verdadeira aceção do termo, mas antes um conceito “aglutinador” de várias valências já existentes numa região, entre as quais o Politécnico a que preside. “Trata-se de aproveitar todo o alicerce existente na própria Comunidade Intermunicipal”, sublinhou.