Pais e encarregados de educação das 14 crianças que frequentam a escola do 1.º ciclo de Carviçais, Moncorvo, ameaçam cortar a Estrada Nacional 220, que liga a aldeia à sede de concelho, caso o estabelecimento de ensino da localidade venha a fechar já no início próximo ano lectivo.

Segundo António Alves, presidente da Comissão de Pais da Escola EB 1 de Carviçais, toda a gente foi apanhada de surpresa com a decisão de a escola ser encerrada. \"A nossa escola ainda tem 14 alunos e boas condições. Foram efectuadas obras há pouco. No que diz respeito a apoios, a escola está a cerca de 10 metros de centro paroquial, lugar onde as crianças de aldeia e outras vizinhas podem tomar as suas refeições sem ter de percorrer grandes distâncias\".

Outro argumento dos pais tem a ver com as condições de transporte dos alunos para o pólo escolar da sede do concelho, já que terão de se deslocar sete quilómetros e permanecer em Torre de Moncorvo durante todo o dia, situação que se agrava com a chegada do Inverno. Ao que foi possível apurar, a escola da Lousa está em igual circunstância

Confrontado com a situação, Aires Ferreira, presidente da Câmara de Moncorvo, garante que o município, atempadamente, se manifestou contra o encerramento das escolas de Carviçais e de Lousa, aceitando apenas o fecho das escolas de Urros e Cardanha.

O autarca justifica que \"Carviçais e Lousa são aldeias localizadas em ambos os extremos do concelho, onde o número de alunos ainda é suficiente para a sua manutenção. Não faz sentido fechar escolas que foram objecto de intervenções estruturais aquando da recente reorganização escolar. Assim, andamos a deitar dinheiro à rua.\"

Contactado o CAE de Bragança, os esclarecimentos foram remetidos para mais tarde.



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