A direção da escola de Mirandela onde um funcionário é suspeito de abuso sexual de menores esclareceu hoje que denunciou o caso às autoridades e suspendeu preventivamente o visado de funções neste estabelecimento do distrito de Bragança.
A direção da ESPROARTE, Escola Profissional de Arte de Mirandela, reagiu, em comunicado, à detenção feita hoje Polícia Judiciária (PJ) de um assistente operacional por “suspeitas de comportamentos alegadamente inadequados”, indiciado por abuso sexual de crianças e importunação sexual no interior do estabelecimento de ensino.
A direção da escola refere que “ao ser alertada por um grupo de alunos sobre estes acontecimentos, no âmbito das suas competências, determinou de imediato a abertura de um processo interno de averiguações, no seguimento do qual resultou a suspensão preventiva de funções e afastamento do referido trabalhador”.
Refere ainda que “procedeu à comunicação da matéria apurada às autoridades competentes” e que soube hoje, “através de comunicação expressa na página eletrónica oficial da Polícia Judiciária, que o assistente operacional terá sido detido e constituído arguido”.
“A ESPROARTE, prestigiado estabelecimento de ensino profissional, com mais 25 anos de existência em Mirandela pretende, junto dos alunos e seus familiares, dos seus colaboradores e docentes e da opinião pública em geral, afirmar que se pauta pelo cumprimento de rigorosos princípios éticos e normas de conduta”, lê-se no comunicado.
A direção do estabelecimento de ensino indica ainda que depois deste esclarecimento, em comunicado, “não prestará mais declarações sobre este assunto, aguardando o desenrolar da ação pelas entidades competentes”.
A PJ divulgou hoje que o assistente operacional desta escola de Mirandela, com 53 anos, foi detido por suspeita de abuso sexual de nove menores que frequentavam a instituição.
As alegadas vítimas, de acordo com o comunicado da PJ, têm entre “13 e 17 anos” e os factos terão ocorrido entre “2021 e julho de 2023 no interior de uma instituição de ensino em Mirandela”.
O suspeito “vai ser presente a interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas”.