Está a ser desenvolvida no concelho de Macedo de Cavaleiros uma grande campanha de alfabetização. O ensino de adultos tem permitido dar uso a escolas que vão fechando em algumas freguesias devido à falta de crianças para as frequentar. Isso proporcionou aos responsáveis do ensino recorrente e aos próprios alunos, agora mais sensibilizados para a leitura, a oportunidade para se interrogarem acerca da utilidade que as bibliotecas desses estabelecimentos de ensino, sem qualquer proveito no passado, poderão ter no presente e no futuro, se devidamente aproveitadas.
Nesse sentido, o coordenador concelhio do ensino de adultos, Elísio Vaz, vai propor à Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) que as referidas bibliotecas sejam transferidas para as juntas de freguesia ou associações culturais e recreativas existentes nos respectivos aglomerados populacionais.
Elísio Vaz pretende assim que os cerca de 400 livros que estão guardados em cada uma das estantes de cada escola \"sejam colocados à disposição das pessoas que os queiram ler ou consultar\". \"Não entendo este absurdo de ter as coisas sem serem devidamente aproveitadas, da cultura que temos estar fechada nos armários quando podia estar ao serviço da comunidade\", lamenta o responsável.
Depois de haver \"luz verde\" para a desejada transferência, o coordenador concelhio do ensino recorrente e educação extra-escolar propõe-se \"organizar sessões de leitura, abertas à comunidade em todas as localidades onde existam bibliotecas\". Para isso deseja contar não só com a colaboração das associações locais que pretendam aderir à iniciativa, mas também com o apoio de instituições que queiram \"promover a cultura\" através de iniciativas como \"a hora do conto\", entre outras, para as quais se recorrerá a profissionais.
As freguesias em cujas escolas existem bibliotecas populares são: Chacim, Cortiços, Corujas, Grijó, Gralhós, Lagoa, Lamas, Macedo de Cavaleiros, Morais, Murçós, Podence, Talhas, Vale de Prados e Vinhas.