O envelhecido distrito de Vila Real oferece cada vez mais respostas sociais para os idosos, desde as famílias de acolhimento aos aparelhos de alarme para situações de emergência ou a programas de voluntariado que combatem o isolamento.

Em Vila Real vivem, de acordo com os censos de 2011, cerca de 206 mil pessoas, das quais quase 50 mil possuem mais de 65 anos.

A percentagem de população idosa tem crescido, ao mesmo tempo que aumentam também as respostas sociais, quer por parte do Estado, municípios, instituições particulares de solidariedade social (IPSS) ou promovidas pela sociedade civil.

Este é um dos distritos do país com o maior número de famílias de acolhimento.

Espalhadas pelos 14 concelhos há, segundo disse à agência Lusa o diretor da Segurança Social de Vila Real, José Rebelo, 217 famílias que acolhem 318 idosos, pessoas com deficiência, crianças ou jovens.

Este programa de acolhimento familiar foi criado em 1991 e visa a integração temporária ou permanentemente nestas famílias, as quais têm direito a uma prestação mensal por este serviço.

No distrito existem ainda 51 lares de terceira idade (não lucrativos), que disponibilizam 1.756 vagas acordadas com a Segurança Social. Em construção estão mais seis equipamentos, ao abrigo do Programa Operacional Potencial Humano (POPH), que criarão mais de 130 camas.

Para acompanhar os idosos que vivem isolados, a Câmara de Vila Real distribuiu 35 aparelhos de alarme, os \"skeepers\", para que estes possam pedir ajuda, carregando apenas num botão.

O município quer avançar com o projeto e entregar, de acordo com Ana Vilaverde, da ação social, mais 20 destes equipamentos.

A câmara criou ainda o cartão municipal do idoso, que já atribuiu a 2.342 pessoas mais velhas comparticipações de 25 por cento na compra de medicamentos ou descontos em diversos serviços municipais.

Em Ribeira de Pena, duas mulheres reformadas, com idades entre os 62 e 71 anos, estão a dinamizar um projeto de apoio aos idosos sas aldeias e que tem como objetivo combater o isolamento.

Fátima Gonçalves e Maria dos Anjos Calçada aceitaram o desafio lançado pelo pároco de Salvador e, numa primeira fase, desenvolveram atividades na desativada escola primária de Bustelo, que vão desde a dança, peças de teatro, animação ou até ensinar a ler e a escrever.

No sábado, o projeto entra numa segunda fase com o arranque das atividades na escola de Santa Eulália.

Neste concelho, a autarquia atribui também um apoio à compra de medicamentos e fornece, aos mais carenciados, transportes para as consultas médicas, fisioterapia e vai promover o Atelier Sénior, às quintas-feiras, com o objetivo de ocupar os tempos livres.

Em Vila Pouca de Aguiar, a autarquia já ajudou dezenas de idosos com a realização de pequenas melhorias nas habitações como a criação de uma casa de banho ou de um novo telhado para a cobertura da casa.

Neste concelho, o Cartão Social do Município beneficia 430 pessoas, das quais mais de 80 por cento são mais velhas e usufruem de 20 benefícios sociais (descontos nos medicamentos, em equipamentos como próteses ou isenções nos serviços municipais).

A criação de unidades móveis de saúde ou de oficinas domiciliárias são outras apostas de vários municípios como Vila Real, Mondim de Basto ou Vila Pouca de Aguiar, para ajudarem a população mais envelhecida.



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