De Bragança para o mundo, eis o novo lema da operadora que assegura as ligações aéreas Bragança/Vila Real/Lisboa e que, desde Agosto passado, proporciona voos até Paris, em França. A empresa, a Aerocondor-Transportes Aéreos, pretende oferecer um novo serviço que passa pela possibilidade de articular os voos a partir de Bragança com destinos internacionais.
A operadora diz que quer facilitar a vida aos transmontanos, oferecendo-lhe a possibilidade de adquirir o bilhete em Bragança, fazerem a viagem até à capital do país e, depois, efectuarem a transferência para outros voos, nomeadamente internacionais. O esquema está a ser montado e poderá estar no terreno dentro de pouco tempo.
Espanhóis na mira
Vítor Brito, administrador da Aerocondor, referiu, ao JN, que está em vias de instalação um call-center em Bragança , a partir do qual serão feitas as marcações dos bilhetes e organizadas as viagens, as respectivas ligações e transbordos, \"o que poderá ser feito de qualquer ponto do mundo\". Para já, o call-center vai arrancar com duas funcionárias que receberam formação na TAP e em França , mas poderá dar emprego a mais quatro pessoas.
Vítor Brito disse ainda que a ideia passa por reforçar e dinamizar a carreira área Bragança-Lisboa, que \"tem uma taxa de ocupação muito boa\", criando alternativas às deslocações aos principais aeroportos do país e também a Madrid, o destino mais usado pelos brigantinos como ponto de embarque.
A Aerocondor tem também os espanhóis na mira e a estratégia passa por captar clientes do outro lado da fronteira, \"mostrando-lhe que voar de Bragança pode ser uma alternativa económica e fácil, tanto para chegar a Lisboa como ao Brasil ou a Angola\", explicou Vítor Brito.
A Aerocondor foi a única empresa candidata no concurso do Instituto Nacional de Aviação Civil, há três anos, para garantir ligações aéreas a partir de Bragança. O contrato acaba em Junho. A operadora volta a concorrer, tendo já apresentado duas propostas uma que prevê voos com assistentes de bordo e outra sem esse tipo de serviço. Vítor Brito diz, todavia, que a primeira poderá ser chumbada \"porque é mais cara\". A ponte aérea, que arrancou há quase nove anos, é subsidiada pelo Governo.