Fumeiro, gastronomia, Espaço Gourmet, maquinaria agrícola, artesanato e concertos com Blasted Mechanism e Mickael Carreira em Vinhais numa das feiras mais antigas do género.
Naquela que já é a 36ª edição, a Feira do Fumeiro vai fazer de Vinhais a capital do fumeiro de 4 a 7 de fevereiro. Com um impacto económico significativo nos concelhos limítrofes, quer a nível da hotelaria, quer a nível da restauração, o certame que já é uma referência na região transmontano e mesmo a nível nacional, espera receber entre 40 a 40 mil pessoas durante os quatro dias em Vinhais.
“Esta é a mais antiga feira de enchidos do país, é uma montra daquilo que se faz na nossa região. As pessoas que têm aí os seus fumeiros expostos e à venda não são só do concelho de Vinhais. São de toda a região”, declarou o presidente da Câmara Municipal de Vinhais no dia da inauguração do evento, ontem, pelas 18 horas. “E era esse o nosso objetivo e de há uns anos a esta parte temos vindo a conseguir transformar esta feira na grande montra das atividades económicas no campo dos enchidos da região de Trás-os-Montes”, continuou Américo Pereira, que garante que “a principal novidade é continuar o sucesso”.
“Modéstia à parte, este é o maior evento da região em termos de movimentação económica, salientou o edil, que confessa entre os muitos milhares de visitantes, ser esperada “gente com dinheiro”. “São 40 ou 50 mil pessoas, durante estes dias que nos visitam. E, depois, tem a grande vantagem de ser gente com dinheiro. Porque já todos percebemos que o fumeiro é muito caro. No entanto, as pessoas vendem muito porque ele é procurado por uma classe que economicamente vive muito bem”, referiu o autarca. “Segundo os nossos cálculos, em média, uma família gasta mais de 150 euros numa visita a Vinhais”, adianta.
Questionado sobre se Vinhais estaria preparada para receber tantas pessoas em termos de hotelaria, Américo Pereira sublinha o fato dessa “necessidade” ser colmatada pelos concelhos limítrofes, que recebem todos os turistas que não podem ficar alojados em Vinhais, o que acaba por ser um benefício para os mesmos. “Isto tem de ser visto numa economia de escala, não pode ser visto, apenas, no contexto de um único concelho. Tem de ser visto o impacto económico numa região”, defende o responsável, que reforça a ideia de que “não há nada que possa resistir muito tempo se não tiver qualidade”.
Mas o fumeiro é só uma parte da Feira. Gastronomia, Espaço Gourmet, maquinaria agrícola, artesanato e concertos. Tudo serve de motivo para atrair mais uns milhares de pessoas à Feira do Fumeiro. Hoje, Blasted Mechanism sobe ao palco e amanhã, sábado, será a vez de Mickael Carreira fazer as delícias dos adolescentes.
Com cerca de 500 expositores, é de salientar que, de fora, ficaram centena e meia em lista de espera. Um garante da qualidade de um certame com quase quatro décadas.