Num mês, a PSP de Bragança passou 913 multas por falta de pagamento nos lugares de estacionamento pago em algumas artérias do centro da cidade, desde que os parcómetros começaram a funcionar, a 22 de Janeiro. Um número considerável, visto que os agentes emitiam até então entre 450 e 500 autos por mês relacionados com fiscalização rodoviária.

Só nos primeiros dez dias, as autoridades apanharam 546 carros que não tinham o comprovativo de pagamento. Nas últimas duas semanas reduziu para 370.

Tratam-se de mais de 200 lugares de estacionamento distribuídos por várias ruas de grande actividade comercial e concentração de serviços. Os parcómetros são da responsabilidade da Câmara de Bragança, mas fiscalizados pela PSP. Uma hora de estacionamento custa 60 cêntimos.

Obras pararam

Desde o ano 2000 que praticamente não havia fiscalização aos parcómetros, uma vez que durante a execução das obras do Procom e Urbcom se aboliu a fiscalização devido às dificuldades de estacionamento.

O comandante da PSP de Bragança, Amílcar Correia, nega que se trate de \"caça à multa\" e de que os agentes estejam sempre à espera de passarem o auto de contra-ordenação. \"Até porque só são dois destacados e a área de estacionamento é grande e distribuída por várias ruas, não é possível estar permanentemente em todo o lado\", referiu. Aquele responsável considera que a fiscalização é benéfica para os cidadãos e comerciantes, porque o trânsito fluiu mais, deixando lugares vagos rapidamente. Até à instalação dos parcómetros era difícil estacionar após as 10 horas, por se tratarem de zonas de grande pressão ao nível de serviços.

São muitos os comerciantes que consideram o serviço eficaz, porque há estacionamento livre a qualquer hora. No entanto, pagar não agrada a todos. São Lopes, comerciante na zona, diz que o estacionamento \"é caro, o que afasta muitos clientes, principalmente porque nas imediações quase não há alternativas não pagas, e as que há estão superlotadas\".



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