Foi assim que Jaime Silva, Ministro da Agricultura, evidenciou o projecto que veio lançar a Mirandela. O Ministro da Agricultura esteve presente na manhã de sábado, no salão Nobre da Câmara Municipal de Mirandela onde além de José Silvano, Presidente da Câmara de Mirandela mais de meia centena de pessoas aguardavam a apresentação do Tecno-Pólo.

Uma iniciativa resulta de uma parceria público/privada que envolve a autarquia local, a Direcção Regional de Agricultura de Trás os Montes, universidades como a Católica e institutos politécnicos portugueses (Piaget e Instituto Politécnico de Bragança) e estrangeiros, instituições bancárias, câmaras municipais e organizações empresariais e de produtores agrícolas.

Um projecto inédito nesta região e até no país, segundo o ministro da Agricultura, que garantiu ao autarca social democrata o reforço da parceria da direcção regional de Agricultura, com a disponibilização da Quinta de Valongo para a instalação do agro-pólo.

De acordo com o Presidente da Câmara, a promotora do projecto (CMM), este espaço vai reduzir os custos de 30 milhões de euros para 12,5 milhões e deste montante os promotores vão ter que procurar financiamento para apenas 7,5 milhões. Como foi cedido um espaço na quinta do Valongo, os custos são menores e por isso vai ser reforçado o investimento em equipamento mais moderno e na investigação e na inovação de e formação de novos técnicos.

Silvano pediu ainda a Jaime Silva que diligencie junto do primeiro-ministro para que este projecto seja integrado no Plano Tecnológico Nacional, o que facilitaria o acesso a financiamentos, o autarca aproveitou ainda para elogiar o apoio do ministro da Agricultura, que considerou «uma questão de discriminação positiva para esta região», junto com a decisão recente de manter sedeada a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte na cidade do Tua.

O azeite, o vinho, os cogumelos e a conhecida alheira de Mirandela serão os primeiros produtos a ser tratados no agro-pólo, que disporá de laboratórios, serviços de apoio aos produtores, campos de experimentação, incubação, biotecnologia e banco de dados.

O agro-pólo garantirá também serviços para a certificação, rotulagem e embalamento, prestados actualmente por empresas do litoral, que implicam custos avultados para os produtores
«Este projecto consubstancia aquilo que o governo e o Ministério da Agricultura entendem que é fundamental para a agricultura portuguesa: descentralização e parcerias», declarou o governante.

Este agro-pólo, com que o presidente da Câmara local, José Silvano, quer«virar do avesso a agricultura da região», será um centro de investigação e inovação na área agro-alimentar para apoiar o desenvolvimento da agricultura e de produtos regionais de qualidade transmontanos. O prazo para a entrada em funcionamento é apontado durante o ano de 2007.



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